O impasse entre clubes e jogadores na Itália, que ameaça o início do Campeonato Italiano, não foi resolvido nesta quinta-feira. Não houve acordo no encontro entre a Liga, que representa as equipes da primeira divisão, e o sindicado dos jogadores. A competição tem o início agendado para sábado, mas pode haver greve e os jogos serem adiados.
Parte do desentendimento entre clubes e jogadores se deve ao imposto de solidariedade, uma taxa fiscal de 5% sobre os salários superiores a 90 mil euros (cerca de R$ 207 mil) e 10% sobre os valores superiores a 150 mil euros (cerca de R$ 346 mil). Atualmente os impostos ficam a cargo dos clubes, que não querem renovar o acordo.
Damiano Tommasi, ex-jogador e atual presidente do sindicato de jogadores da Itália, durante entrevista coletiva
Outro ponto que tem dificultado o entendimento entre as partes é uma proposta que permite aos clubes forçar jogadores que não interessam mais a treinar separadamente ou a aceitar uma transferência. Os atritos se arrastam desde junho de 2010. Foram duas ameaças de greve, contornadas com pactos verbais.
O sindicado dos jogadores, por meio do presidente Damiano Tommasi, disse que não aceita as novas propostas e revela a possibilidade de uma greve no campeonato. "Se o contrato coletivo não for assinado, os jogadores não vão entrar em campo neste sábado e domingo", disse após a reunião desta quinta.
Numa tentativa de resolver o impasse, a federação italiana ofereceu 20 milhões de euros (R$ 46 milhões) aos clubes para cobrirem os gastos da taxa de solidariedade, mas a liga rejeitou o acordo. Novas tentativas devem ser feitas nesta sexta-feira para evitar a paralisação do campeonato.
fonte:http://www1.folha.uol.com.br/esporte/965153-a-2-dias-do-inicio-do-italiano-times-nao-tem-acordo-contra-greve.shtml
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