terça-feira, 30 de agosto de 2011

Após reunião com prefeitura, Serviço Funerário mantém greve em SP


Funcionários da Prefeitura de São Paulo vinculados ao Sindsep (Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de SP), incluindo os do Serviço Funerário, foram recebidos pela administração municipal na tarde desta terça-feira e decidiram pela manutenção da greve iniciada hoje.
Segundo o sindicato, a prefeitura fez uma proposta de reajuste de 11% para funcionários da saúde --o que seria uma reposição salarial de perdas acumuladas no decorrer dos anos.
Ainda de acordo com o Sindsep, as outras categorias não foram incluídas pela prefeitura na proposta.
Antes da reunião com a administração municipal, uma assembleia foi realizada na manhã desta terça, e o sindicato afirma que 100% votou pela manutenção da paralisação. A próxima assembleia está agendada para quinta-feira (1º), às 10h, em frente ao gabinete do prefeito Gilberto Kassab.
Já pela manhã, os servidores representados pelo Sindsep já haviam feito uma manifestação em frente à prefeitura para pedir a reunião com Kassab.
O sindicato reúne, além dos funcionários do Serviço Funerário e da Saúde, trabalhadores do Iprem (Instituto de Previdência Municipal) e de autarquias municipais, que também participam da manifestação.
De acordo com o sindicato, eles reivindicam aumento salarial de 39,79%, extensão de gratificações a todos os funcionários, plano de carreira e melhores condições de trabalho.
Os funcionários dizem estar sem reajuste real há mais de 20 anos. De acordo com a presidente do Sindsep, Irene Batista de Paula, a prefeitura tem dado aumento de 0,01% nos últimos anos --índice menor que a inflação.
FUNERÁRIAS
Os funcionários do Serviço Funerário de São Paulo já tinham parado em junho deste ano. Eles afirmam que as negociações com a prefeitura não avançaram desde então.
A reportagem conseguiu entrar em contato com 10 das 13 agências funerárias credenciadas na prefeitura. Todas confirmaram que os serviços de remoção dos corpos e sepultamento estão parados, mas o atendimento é feito normalmente.
De acordo com um funcionário de uma das garagens do Serviço Funerário, todos os motoristas aderiram à greve. No entanto, a GCM (Guarda Civil Metropolitana) assumiu o trabalho de transporte dos corpos para as funerárias e velórios.
Na última vez que o Serviço Funerário parou, em junho, motoristas, atendentes e sepultadores aderiram à greve, atrasando enterros e velórios na cidade.
De acordo com dados da Secretaria de Planejamento, o Serviço Funerário Municipal tem 1.366 servidores ativos. Ele é responsável pelos cemitérios e faz o transporte dos corpos de hospitais e prédios do IML (Instituto Médico Legal) para as funerárias e velórios.
Caso haja adesão total à greve, há risco de acúmulo de corpos nos hospitais e IML.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/967732-apos-reuniao-com-prefeitura-servico-funerario-mantem-greve-em-sp.shtml
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