terça-feira, 4 de outubro de 2011

Após acordo, funcionários dos Correios devem aprovar retorno

Funcionários dos Correios em passeata a caminho do TST, em Brasília, para acompanhar audiência de conciliação

Os representantes dos trabalhadores dos Correios e diretores da empresa chegaram a um acordo na tarde desta terça-feira para encerrar a greve no setor, que está completando 21 dias.

Agora a maioria dos 35 sindicatos da categoria precisam aprovar a proposta nas assembleias para encerrar a paralisação --as assembleias devem acontecer na quarta-feira (5) e o retorno ao trabalho no dia seguinte, caso aprovado. O comando nacional vai orientar os sindicatos pela aceitação da proposta.

O acerto entre as partes foi fechado durante audiência de conciliação no TST Tribunal Superior do Trabalho), em Brasília.

O acordo firmado estabelece a reposição salarial da inflação de 6,87% e mais um reajuste linear de R$ 80 a partir de outubro. Esse era um dos principais pontos de discórdia, uma vez que os trabalhadores queriam o ganho real linear para agosto e os Correios concordavam em pagar apenas em janeiro.

Para se chegar a esse valor de ganho real, os trabalhadores abriram mão de um abono de R$ 500 (que não seria incorporado ao salário).

Marcelo Camargo/Folhapress

Funcionários dos Correios em passeata a caminho do TST, em Brasília, para acompanhar audiência de conciliação

Também ficou acertado que os 21 dias parados não serão descontados por completo. Para repor 16 dias de greve, os trabalhadores terão de trabalhar durante fins de semana e para colocar em dia o atraso nas entregas provocado pela greve. A compensação será estendida até o segundo domingo de maio de 2012.

Os outros cinco dias, que já foram descontados na folha de pagamento de setembro, serão devolvidos aos trabalhadores em uma folha suplementar até cinco dias úteis após o retorno ao trabalho. No entanto, eles serão descontados a partir de janeiro do ano que vem, sendo parcelados em 12 prestações.

Também ficou acertado um reajuste nos benefícios. O vale-refeição passa para R$ 25 (reajuste de 8,7%), o vale-cesta básica R$ 140 (7,7%) e um plano para aquisição de medicamentos.

"Vamos formalizar definitivamente [o acordo] na próxima segunda-feira. Acho que foi uma proposta satisfatória para para todos", disse a ministra do TST Maria Cristina Peduzzi. "Mas se não for aprovado nas assembleias, volta tudo como estava antes", completa.



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