segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Grevistas dos Correios querem fechar acordo antes de julgamento

Os trabalhadores em greve buscam um acordo com os Correios na noite desta segunda-feira para evitar que a paralisação seja julgada pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho). O julgamento está inicialmente marcado para as 16 horas desta terça-feira.

A Fentect (Fundação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares) pediu ao TST na tarde desta segunda-feira que acompanhe uma nova audiência de conciliação com os Correios. Esse novo encontro seria intermediado pelo ministro relator do caso, Maurício Godinho Delgado.

"Estamos tentando ver com o relator se há uma possibilidade de acordo antes do julgamento", disse José Gonçalves do Almeida, o Jacó, um dos diretores da Fentect e membro da comissão nacional de negociação. A assessoria de imprensa dos Correios não informou se a empresa participaria de um novo encontro com os trabalhadores no TST.

As duas audiências de conciliação anteriores no TST acabaram frustradas. Na primeira, os representantes dos trabalhadores e da empresa chegaram a um acordo. A proposta de consenso depois acabou derrubada nas 35 assembleias dos sindicatos da categoria.

A segunda audiência, na sexta-feira passada, terminou sem nenhum acordo. A comissão de negociação dos trabalhadores rejeitou as propostas da empresa e do presidente do TST, João Oreste Dalazen, que intermediou o encontro.

Segundo a Fentect, a maioria das assembleias realizadas na tarde desta segunda-feira optou por manter a paralisação e esperar o julgamento do dissídio de greve no TST. No entanto, diretores da federação consideram que os trabalhadores podem ser os maiores prejudicados no tribunal, podendo ter descontados todos os dias de paralisação. Por isso a tentativa de um novo acordo.

A greve nos Correios começou no dia 14 de setembro e teve a adesão principalmente de carteiros. O último balanço da empresa mostrava que mais de 150 milhões de objetos estavam com atrasos na entrega - variando em média entre três e quatro dias.

No último fim de semana, a empresa realizou seu terceiro mutirão para tentar amenizar o impacto da greve. Foram entregues no sábado e domingo 22 milhões de correspondências.
fonte: folhasp.com.br

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