domingo, 30 de outubro de 2011

Tribunal arbitral da Austrália ordenou fim da greve na Qantas neste domingo.

Um tribunal arbitral da Austrália ordenou neste domingo o fim imediato de uma disputa trabalhista entre a companhia aérea australiana Qantas e sindicatos, que levou à suspensão de todos os voos domésticos e internacionais da empresa.

Cerca de 70 mil pessoas foram afetadas pelo cancelamento de voos em 22 países diferentes.

O tribunal divulgou sua decisão depois de ouvir as argumentações da companhia, dos sindicatos e do governo, durante uma sessão de emergência realizada em Melbourne.

A Qantas afirma que espera retomar alguns voos dentro das próximas horas.

Correspondentes afirmam que a decisão deve ser vista como uma vitória para a empresa, que vem tentando resolver as antigas disputas com três sindicatos, e para o governo, que desejava um fim rápido para o impasse.

Um advogado do governo australiano disse que a suspensão dos voos estava custando dezenas de milhões de dólares por hora à economia do país.

O executivo-chefe da Qantas, Alan Joyce, afirmou que a decisão do tribunal "fornece segurança aos passageiros" da companhia.

"Nós colocaremos nossos aviões de volta no ar o mais rápido que pudermos. Isso pode ocorrer até a tarde de segunda-feira, em um cronograma limitado, com a aprovação dos reguladores [do setor de aviação civil]", disse Joyce.

No sábado, a Qantas havia anunciado a suspensão de todos os seus voos. A companhia exigia que os sindicatos parassem de fazer manifestações e greves, que estariam custando à empresa US$ 16 milhões por semana.

Alan Joyce disse que não havia hipótese de a companhia retomar as suas atividades antes que a situação com os sindicatos fosse resolvida.

PIORA

As relações entre as partes pioraram desde agosto, quando a Qantas anunciou um plano de reestruturação, com a transferência de algumas de suas operações para a Ásia.

A Qantas possui 65% do mercado australiano de voos domésticos, mas os seus voos internacionais têm dado prejuízo. A reestruturação proposta prevê o corte de mil empregos, do atual quadro de 35 mil funcionários.

Os pilotos ainda estavam negociando a reestruturação com a companhia e não haviam decretado greve, ao contrário de engenheiros e outros setores da empresa, que já estavam promovendo paralisações.

"Os pilotos deixaram claro desde o começo que não fariam greves que atrapalhassem os passageiros. Nós cumprimos isso até hoje", disse o vice-presidente da Associação Australiana de Pilotos, Richard Woodward. "Já Alan Joyce optou por atrapalhar os passageiros da pior forma possível."

As autoridades australianas recomendam que passageiros com voos marcados pela Qantas não se encaminhem até o aeroporto antes de se informar sobre seus voos. A Qantas precisa fornecer acomodação e refeições a passageiros que estão no meio de conexões.

fonte: folhasp.com.br

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