segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Governo grego concorda em demitir 15 mil neste ano

O governo grego anunciou nesta segunda-feira que pretende reduzir 15 mil vagas do funcionalismo público neste ano, em resposta às pressões da comunidade europeia para que aceite as medidas de austeridade fiscal exigidas pela 'troika' (UE, FMI e BCE) para conceder novos empréstimos.

O empréstimo de € 130 bilhões acertado com o "trio" no ano passado tem sua liberação pendente de que a Grécia se comprometa com um novo pacote de severos cortes de gastos públicos, de modo a reduzir o deficit público e a dívida nacional.

Em um país que caminha para o quinto ano consecutivo de recessão, e sob forte reação popular, a adoção de tais medidas enfrenta forte resistência da coalizão que apoia o gabinete do primeiro-ministro Lucas Papademos.

Após um final de semana de negociações, sem resultados aparentes, Papademos deve voltar a se reunir com os líderes partidários da coalizão, em meio a fortes pressões da União Europeia.

O anúncio de hoje, portanto, embora não contemple todas as iniciativas exigidas pela 'troika' (que pede cortes em gastos públicos na área de saúde e defesa, entre outras), é um sinal de mudança na postura grega.

Responsável pelo anúncio, o ministro Dimitris Repas (reforma do setor público) disse que os cortes de empregos serão feitos sob uma nova lei que vai permitir as demissões.

"Nós nos opomos a demissões indiscriminadas. A redução da força de trabalho está estritamente conectada com a reestruturação dos serviços e organismos de cada ministério", comentou, sem dar maiores detalhes sobre o plano de demissão.

Antes mesmo do anúncio, os sindicatos gregos já haviam convocado uma greve de 24 horas nesta terça-feira. E hoje, cerca de 4.000 protestaram sob fortes chuvas na região central de Atenas, contra a adoção das novas medidas de austeridade fiscal.
fonte: folhsp.com.br

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