sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Motoristas entram em acordo com viações em SP e greve é cancelada

As empresas de ônibus de São Paulo concordaram com a reivindicação do sindicato dos motoristas e cobradores e se comprometeram a não mais repassar os valores de multas administrativas aos trabalhadores. Com esse acordo, a greve foi cancelada.

A categoria ameaçava parar por 24 horas na próxima segunda-feira, mesmo após decisão judicial considerar a greve ilegal, sujeita a multa diária de R$ 5.000.

Ontem, o sindicato dos motoristas encaminhou ofícios a todas as 14 empresas de ônibus de São Paulo, exigindo o fim de desconto salarial de trabalhadores que fossem multados por fiscais da SPTrans. Eles alegam que parte das multas do Resam (Regulamento de Sanções e Multas) existem em duplicidade no Código de Trânsito Brasileiro.

No Resam, elas custam de R$ 180 a R$ 1.440. O piso dos motoristas de ônibus é de R$ 1.676,05 e o do cobrador, de R$ 968,44.

O sindicato patronal, após reunião hoje, enviou ofício para "manifestar neste momento concordância no sentido de não repassar qualquer multa advinda do Resam para os trabalhadores".

O ofício ressalva que ficam resguardadas "as punições disciplinares" e a "possibilidade de futura rediscussão do assunto".

"A gente não quer que a população sofra transtornos em função da pressão deles. Foi o que mais levamos em conta", disse Carlos Alberto Rodrigues de Souza, diretor-executivo do sindicato das viações.

Cerca de um terço das multas que chegavam às empresas dizem respeito a infrações cometidas pelos funcionários. Entre as mais comuns estão uso do celular em serviço, avançar em sinal vermelho e embarque longe da calçada.

Nailton Francisco de Souza, um dos diretores do sindicato dos motoristas diz que o sindicato desenvolve campanhas de conscientização, que são mais eficazes que as multas.

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