terça-feira, 8 de maio de 2012

América Latina

ARGENTINA
Sindicatos argentinos convocam greves por melhores salários


Metalúrgicos anunciaram uma paralisação de 24 horas para a quinta-feira, mesmo dia em que os trabalhadores do maior porto de grãos do país pretendem cruzar os braços.

Uma série de greves está prevista para os próximos dias na Argentina. O sindicato dos metalúrgicos anunciou uma paralisação de 24 horas para a quinta-feira, mesmo dia em que os trabalhadores do maior porto de grãos do país pretendem cruzar os braços. Hoje, os caminhoneiros que transportam combustíveis também pararam suas atividades desde a meia-noite, por um prazo de 24 horas, na empresa Dapsa (Destilaria Argentina de Petróleo).

O secretário da União Operária Metalúrgica (UOM), Antonio Caló, explicou que a greve do setor será deflagrada "diante da negativa do setor empresarial de aceitar a reivindicação de uma justa e merecida recomposição salarial".

Além da medida de força na quinta-feira, a partir de segunda-feira (14), segundo explicou Caló, "a cada duas horas, vamos parar uma hora, até o dia 18". Os metalúrgicos pedem um aumento de 22% mais o pagamento de 300 pesos (US$ 67,4) nos meses de janeiro, fevereiro e março. O setor patronal que, em princípio, oferecia 20%, aceitou o porcentual pedido, mas se negou a pagar o abono.

Nos portos de Rosario, um dos maiores polos agroexportadores do mundo, o sindicato dos operários convocou greve para pressionar pelo aumento do salário mínimo da categoria para 6.200 pesos (US$ 1.390) Rosario é responsável por 80% das exportações argentinas de soja, milho, trigo e derivados, e todas as grandes empresas do setor estão instaladas na região, como a Louis Dreyfus, Bunge, Cargill, entre outras. Algumas associações de produtores também anunciaram protestos para a quinta-feira contra o aumento dos impostos territoriais rurais.

BOLÍVIA
Greve em La Paz leva a tumultos e cinco ficam feridos

Moradores furiosos e trabalhadores do setor dos transportes se apedrejaram e trocaram insultos nesta terça-feira em La Paz, quando a greve nos transportes públicos paralisou a capital boliviana pelo segundo dia seguido. A greve levou ao fechamento das escolas e obrigou os passageiros a caminharem por longas distâncias até o trabalho. A maioria dos confrontos aconteceram na estrada que liga La Paz à cidade operária de El Alto, disse o coronel José Camacho, chefe da polícia de trânsito em El Alto. Pelo menos cinco pessoas foram feridas a pedradas.

Camacho disse que a violência começou quando grupos de moradores tentaram derrubar uma barricada formada na rodovia por trabalhadores em greve. "Ambos os grupos trocaram pedradas", afirmou. O ministro do Interior da Bolívia, Carlos Romero, disse que os manifestantes conseguiram montar barricadas em 40 pontos diferentes de La Paz, não apenas na rodovia para El Alto. A greve foi convocada contra uma nova lei que regulamenta o transporte público na capital boliviana, informa a agência France Presse (AFP).

Já os moradores que tentaram usar seus carros para ir trabalhar também foram barrados nos bloqueios pelos trabalhadores em greve. "Eles atacaram carros particulares", disse Arturo Quispe, presidente de uma federação de organizações de bairros.

A greve no transporte coletivo foi apenas a primeira de várias que estão programadas para os próximos dias na Bolívia, onde o governo do presidente Evo Morales enfrenta uma série de demandas de categorias profissionais e funcionários públicos. A Confederação dos Trabalhadores da Bolívia pediu por uma greve geral a partir da quarta-feira, defendendo amplos aumentos salariais. A greve geral terá duração de 72 horas.

PERU
Mineiros ameaçam parar por dois dias

A Federação Nacional dos Mineradores do Peru marcou greve nacional para os dias 14 e 15, informou seu secretário-geral, Luis Castillo. Os trabalhadores em mineração querem que o governo aprove a regulamentação da lei de aposentadorias,aprovada no ano passado. A federação representa cerca de 75 mil mineradores no Peru.

fonte: estadao.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário