quarta-feira, 2 de maio de 2012

Operários de Belo Monte mantêm paralisação


Os operários da construção da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA), descumpriram ordem judicial e não encerraram a greve nesta quarta-feira (2).

Todos os cinco canteiros de obras estão parados, de acordo com o CCBM (Consórcio Construtor de Belo Monte), que estuda novas medidas judiciais a serem tomadas.

O Sintrapav (Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada) está sujeito a multa de R$ 200 mil por cada dia parado, conforme determinação da Justiça do Trabalho quando decretou a greve ilegal, na quarta-feira passada.

Trabalhadores da construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte carregam faixa que diz que estão em greve.


Em audiência de conciliação na última quinta, a Justiça do Trabalho estabeleceu esta quarta-feira como data final para que os trabalhadores retomassem o expediente.

Ontem à noite, o Sintrapav ainda pediu ao consórcio que desse folga aos trabalhadores nesta quarta-feira, já que amanhã não haverá expediente porque é dia de pagamento dos salários dos operários. Tentava, com isso, ganhar tempo para derrubar a liminar que decretou a greve ilegal. O consórcio, porém, esperava o retorno normal do trabalho nos canteiros.

O sindicato disse que os operários não foram porque a empresa não mandou ônibus para buscá-los. O consórcio nega a informação e afirmou que, se não houvesse ônibus, não teria sido necessário que o sindicato fizesse o bloqueio da estrada vicinal que leva aos canteiros.

Os trabalhadores estão em greve desde o último dia 23. Reivindicam aumento no vale-alimentação de R$ 90 para R$ 300 e redução de seis meses para três meses no intervalo entre folgas para visita às famílias.

Em sua decisão, o TRT-8 (Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região) considerou que essas reivindicações já haviam sido discutidas no acordo coletivo de novembro do ano passado, que ainda é válido.

A hidrelétrica de Belo Monte é uma das principais obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e, quando estiver concluída, o que só ocorrerá em 2019, será a terceira maior hidrelétrica do mundo. Atualmente tem cerca de 7.000 trabalhadores envolvidos na obra.

fonte: folhasp.com

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