No quinto dia de paralisação dos médicos legistas em Alagoas e menos de 12 horas do lançamento do Plano Nacional de Segurança Pública no Estado mais violento do Brasil, os peritos dos dois únicos institutos médicos legais (IML) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado.
Na manhã desta terça-feira, apenas uma das quatro equipes normalmente escaladas para os trabalhos estava na ativa. O atendimento é feito apenas aos chamados de morte violenta - homicídios, suicídios e acidentes. Nos outros casos, não há previsão.
A categoria reivindica condições de trabalho e melhoria salarial, mesma pauta dos médicos legistas. Atualmente, eles recebem R$ 3,4 mil, enquanto o salário nacional é de R$ 7,7 mil.
Além disso, a categoria quer a saída do coronel Liberato da direção da Perícia Oficial e uma política de valorização com a liberação do porte de arma, pagamento de hora extra e segurança no local de trabalho.
O presidente da Associação dos Peritos de Alagoas, Paulo Rogério da Silva Ferreira, disse que a categoria se sente desvalorizada com a falta de estrutura e o baixo salário. "É uma questão de dignidade, pois temos o pior salário do País e ainda uma carga horária massacrante. Há mais de seis anos estamos denunciando a situação da perícia oficial no Estado e nada é feito para que isso melhore", afirmou.
Com os dois IML em greve e o IML de Maceió depredado no último sábado, o governo apelou para o improviso: alugou câmaras frigoríficas e está reformando um necrotério de um hospital, que foi desativado, enquanto a nova sede do instituto da capital não é entregue.
fonte: terra.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário