sexta-feira, 1 de junho de 2012

Metalúrgicos de Niterói fazem greve por reajuste salarial

O Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e Itaboraí, que reúne cerca de 14 mil trabalhadores, a maioria em estaleiros, aprovou em assembleia uma greve por tempo indeterminado pela campanha salarial da categoria, cuja data base foi no dia 1º de maio.

Eles querem ajuste salarial de 16% e ticket alimentação de R$ 200, enquanto os donos dos estaleiros oferecem 7,5% e ticket de R$ 160.

A adesão porém foi baixa no primeiro dia de greve e os estaleiros trabalhavam normalmente. Pela manhã uma passeata de cerca de 5.000 metalúrgicos chegou a afetar o trânsito da cidade, vizinha do Rio de Janeiro, mas não conseguiu impedir a entrada dos trabalhadores.

"Aqui a adesão foi de no máximo 5% e nos outros também houve baixa adesão", disse um trabalhador do estaleiro Enavi/Renav pedindo anonimato.

Em Niterói estão instalados os estaleiros STX, UTC Engenharia, Aliança, Enavi/Renav e Mauá. Este último está construindo quatro navios para a Transpetro, braço de transportes da Petrobras, que poderiam atrasar no caso de greve. O estaleiro está em plena finalização do navio Sérgio Buarque de Holanda, previsto para ser entregue no final de junho à Transpetro.

De acordo com o tesoureiro do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e Itaboraí, José de Oliveira Mascarenhas, o funcionamento dos estaleiros era parcial nesta quinta-feira e em alguns casos houve paralisação total.

Já o sindicato patronal Sinaval (Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore) contestou essa versão, afirmando que as atividades nos estaleiros continuam normalmente.
Uma reunião entre patrões e empregados estava prevista para esta quinta-feira, mas deve ser realizada amanhã, segundo Mascarenhas.

"O Sinaval suspendeu a reunião e entraram com dissídio [no Tribunal Regional do Trabalho]. Se não houver consenso na reunião de amanhã o juiz é que deve decidir", disse Mascarenhas.

fonte: folhasp.com.br

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