terça-feira, 31 de julho de 2012

CAMINHONEIROS:


Greve dos caminhoneiros deve afetar supermercados no RJ
A greve dos caminhoneiros deve começar a afetar o abastecimento dos supermercados do Rio de Janeiro a partir de amanhã. A previsão é do presidente da Associação dos Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), Aylton Fornari. A situação, segundo ele, é mais grave na região porque 80% dos alimentos consumidos pela população vem de outros estados. "Estamos muito preocupados. O governo tem que agir logo. Esse é um problema sério. Se isso não se resolver hoje, a partir de amanhã começa a ter problemas no Rio de Janeiro", afirmou.

O movimento grevista foi iniciado na quarta-feira passada para contestar as novas regras de descanso nas jornadas.

Fornani explica que o abastecimento deve atingir menos os hortigranjeiros. O cálculo é que metade dessa produção venha da região serrana do Rio, ainda não afetada pela greve. No entanto, o presidente da Asserj alerta que, se os caminhões na serra também aderirem às manifestações, o problema vai tomar proporções ainda maiores. Menos após o fim da greve, ele revela que o abastecimento tende a levar de 3 a 4 dias para se normalizar. "Os caminhões começam a chegar ao mesmo tempo e os supermercados têm dificuldades para conseguir conferir e distribuir todas as mercadorias", disse.

Já sobre preços, Fornari alega ainda não ter sentido nenhum impacto da greve, mas admite que se os fornecedores tiverem muitos prejuízos, eles devem acabar repassando para os preços e isso vai acabar na conta do consumidor.
fonte: estadao.com.br

Greve de caminhoneiros ainda interdita rodovias em 6 Estados
A greve dos caminhoneiros ainda interditava faixas das rodovias federais em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul às 12h desta terça-feira.

Em São Paulo, os bloqueios causavam lentidão na pista sentido Rio de Janeiro da rodovia Presidente Dutra, no km 24, em Lavrinhas (a 233 km de São Paulo).

No Rio de Janeiro, os manifestantes também fazem cinco interdições na via Dutra. No sentido São Paulo da rodovia, havia retenção do km 227 ao 228, na serra das Araras; e do km 264 ao km 276, em Barra Mansa. Alguns caminhoneiros ameaçam agredir os colegas que não querem aderir a greve.

Na pista sentido Rio, a interdição mais crítica ocorria do km 288 ao km 273, na região de Barra Mansa. Também havia bloqueio próximo da cidade de Resende, com lentidão entre o km 306 e o km 302; e em Porto Real, entre o km 291 e o km 290.

Já no Espírito Santo havia bloqueios parciais em ambos os sentidos da rodovia BR-262, km 9, em Viana. Na BR-101, caminhoneiros se concentravam em Iconha, no km 374; e em Linhares, no km 158. A rodovia foi completamente interditada, nos dois sentidos, na altura de Cariacica, no km 284.

No Paraná, o protesto afetava seis rodovias em diversos pontos diferentes onde os manifestantes impediam a passagem de caminhões.

Na BR-277 havia bloqueios em Medianeira, no km 670 e em Guarapuava, no km 339. Já na BR-163, os pontos de protesto estavam na região de Barracão, no km 7; em Pranchita, no km 42; em Pérola D'Oeste, no km 64; e em Capanema, no km 86.

Também havia registro de interdição na BR-376, em Apucarana, no km 231, e em Mauá Serra, no km 323. Outros pontos onde aconteciam protestos eram: na BR-467, em Toledo, no km 78; na BR-158 em Peabiru, no km 207; na BR-487, em Campo Mourão, no km 196.

Em Santa Catarina, os grevistas interditam ao menos três rodovias federais. Eles permitem a passagem apenas de carros, ônibus, ambulâncias e veículos com cargas perecíveis.

O tráfego estava parcialmente interditado na BR-282 nas cidades de Maravilha, no km 605; em Catanduvas, no km 406; e em São Miguel do Oeste, no km 645. Na rodovia BR-158 o bloqueio ocorre 376, em Cunha Porã, no km 110; na BR-163 há uma interdição em Dionísio Cerqueira, no km 121.

No Rio Grande do Sul, havia interdição de faixas nos dois sentidos da rodovia BR-101 --principal rodovia de saída do Estado.

Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), o problema estava localizado no km 22, em Três Cachoeiras, onde havia 10 km de congestionamento em cada sentido. Cerca de 500 caminhões estavam estacionados na via, e os manifestantes tentavam obrigar outros caminhoneiros a pararem e participarem do bloqueio.

MOTIVOS

A greve dos caminhoneiros, que não tem o apoio dos sindicatos da categoria, tenta derrubar mudanças implementadas pelo governo federal para o setor de transporte rodoviário do país, como o cartão-frete (que formaliza a contratação dos motoristas autônomos) e a lei que institui o controle de jornada de trabalho da categoria.

A Lei Federal 12.619 obriga o trabalhador a ter descanso de 11h entre duas jornadas de trabalho, uma hora por dia de parada para almoço e repouso de 30 minutos a cada quatro horas rodadas. A lei foi publicada pelo Governo Federal no dia 30 de abril e tem como objetivo evitar que motoristas rodem dia e noite sem paradas, para diminuir as mortes nas estradas.

Nélio Botelho, coordenador do MUBC (Movimento União Brasil Caminhoneiro), afirma que as medidas têm reduzido a oferta de frete para os profissionais e diminuído os rendimentos em razão das restrições de horário de trabalho. Os caminhoneiros também reclamam da falta de estrutura das rodovias para cumprir as paradas obrigatórias previstas em lei, de quatro em quatro horas.

De acordo com Botelho, o protesto dos caminhoneiros tem enfrentado baixa adesão especialmente em São Paulo e nos Estados do Centro-Oeste, em que o setor de transporte rodoviário é controlado por grandes transportadoras e por multinacionais embarcadoras de grãos.
fonte: folhasp.com.br

Greve de caminhoneiros afeta indústria avícola

Os bloqueios realizados pelos caminhoneiros em algumas estradas do Brasil estão afetando o abastecimento de ração para criação de frangos e também o transporte de animais vivos para agroindústrias, informou a União Brasileira de Avicultura (Ubabef).

O abastecimento de outros produtos agropecuários também está ameaçado, com bloqueios registrados em estradas como a Presidente Dutra, que liga o Rio de Janeiro a São Paulo.


"Empresas associadas já relataram problemas com o abastecimento de ração para a criação de frangos, com a retenção de centenas de caminhões devido aos bloqueios. Um descompasso nesse fornecimento é extremamente prejudicial para a produção de uma importante proteína animal", afirmou a Ubabef em nota nesta terça-feira.

O Brasil é o maior exportador de carne de frango do mundo. A carne de frango também é a mais consumida no país, com um consumo per capita de 47,7 quilos por habitante ao ano, segundo dados do setor.

"Outro problema grave diz respeito a animais vivos, já que a produção avícola também depende do transporte de pintos de um dia para as regiões produtoras e, posteriormente, de aves vivas para as agroindústrias", afirmou a Ubabef.

A entidade defendeu em nota que o governo tome medidas para que "se impeça um quadro grave no abastecimento da carne de frango, um dos principais alimentos da mesa do brasileiro".

Os problemas no transporte atingem o setor no momento em que a indústria sofre uma alta de custos, com preços recordes da soja, milho e farelo de soja registrados no mercado internacional em julho, em função da seca que atinge as lavouras norte-americanas.

O presidente executivo da Ubabef, Francisco Turra, estará nesta terça-feira em Brasília para participar de audiência com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro. No encontro, ele entregará ao ministro um documento com relato da crise vivida pelo setor devido à pressão de custos.

O protesto de caminhoneiros, iniciado na quarta-feira, é contra uma nova regra do governo, que exige que um intervalo de descanso mínimo de 11 horas entre jornadas.

Os líderes do movimento têm uma audiência nesta terça-feira em Brasília com o ministro dos Transportes, Paulo Passos, e, após o encontro a categoria vai definir os rumos da paralisação.

Segundo o setor, há áreas poucas áreas de descanso nas principais rodovias, o que inviabiliza o cumprimento da regra. Além disso, a medida também reduzirá o rendimento dos caminhoneiros.

Os caminhoneiros realizam manifestações e bloqueios desde domingo na rodovia presidente Dutra, uma das mais importantes do Brasil.

Caminhoneiros que tentam furar o bloqueio são ameaçados e alguns veículos são até apedrejados.

Paralisações desse tipo foram realizadas também em outras estradas de São Paulo, no Sul do país e, mais recentemente, no Espírito Santo.

fonte: estadao.com.br

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