terça-feira, 21 de agosto de 2012

Chefes da PRF entregam cargos no Rio em apoio à greve


Policiais rodoviários federais que ocupam cargos de chefia no Rio de Janeiro entregaram nesta terça-feira (21) seus cargos à superintendência do órgão. O ato, realizado por 53 dos 56 chefes de departamento no Estado, foi feito em protesto contra o governo federal e em favor da greve da PRF, iniciada ontem.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários do Rio de Janeiro, Marcelo Novaes, enquanto a exoneração não for publicada no "Diário Oficial da União", algo que deve demorar em torno de uma semana, a PRF continua com chefia em suas unidades.

Os três que ainda não entregaram seus cargos irão fazê-lo assim que voltarem para o Rio. Dois estariam em viagem e o outro estaria de férias.

"Os chefes de repartição aderiram à causa e fizeram um protesto contra o Ministério da Justiça, que disse que exoneraria qualquer funcionário que solicitasse a entrega cargo. Policiais em vários estados fizeram o mesmo e agora as superintendências vão ter que dar um jeito para montar novas chefias", afirmou Novaes.

Devido a uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça), os policiais rodoviários federais estão impedidos de fazer operações padrão no país, sob pena de multa de R$ 200 mil por dia à Federação dos Policiais Rodoviários Federais.

Os policiais pedem reestrutação da carreira e reajuste salarial. Além disso, eles pedem também que a progressão na carreira, concedida a 50% do efetivo por ano, seja ampliada para toda corporação. O salário inicial da PRF é de R$ 5.800.

OUTRAS CATEGORIAS

A paralisação da PRF se soma a outros órgãos do funcionalismo que já estão em greve, como a Polícia Federal, a Receita Federal, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e os professores e técnicos-administrativos das universidades federais.

Segundo a Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), mais de 40 categorias estão em greve. O movimento grevista dos servidores públicos afeta, em potencial, mais de 60% do quadro de trabalhadores do Poder Executivo federal.

Ainda que a adesão não seja total, as carreiras mais numerosas que participam da paralisação somam 354 mil funcionários, para um total de 573 mil trabalhadores em atividade na administração direta, autarquias e fundações.

A partir desta quarta-feira, servidores do Ministério das Relações Exteriores também devem retomar a greve da categoria, suspensa no início de julho. A expectativa é que diplomatas, oficiais e assistentes de chancelaria, lotados no Brasil e no exterior, cruzem os braços.

A paralisação deve afetar o atendimento de brasileiros no exterior e serviços como emissão de passaportes.

Ontem, o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) orientou o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, a cortar o ponto dos agentes da PF que participaram de um protesto chamado "operação sem padrão" na Ponte da Amizade, entre Brasil e Paraguai.

CONGONHAS

Pela manhã, um grupo de policiais federais realizaram apitaço e distribuíram panfletos no aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo.

fonte: folhasp.com

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