Os servidores das dez agências reguladoras e do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) voltarão ao trabalho na segunda-feira. Mesmo sem fechar acordo, a categoria considerou que não há mais espaço para negociar com o governo e, portanto, não faz sentido continuar a greve iniciada há um mês e meio.
O prazo legal acabou. Estamos conscientes da necessidade de garantir a prestação de serviços para a sociedade. Mesmo na greve, estávamos realizando as atividades essenciais - disse Nei Jobson, diretor jurídico do Sindicato Nacional das Agências (Sinagências).
As agências reguladoras são: Agência Nacional de Águas (ANA) , Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) , Agência Nacional de Telecomunicações ( Anatel) , Agência Nacional de Cinema (Ancine) , Agência de Nacional de Energia Elétrica (Aneel,), Agência Nacional de Petróleo ( ANP), Agência Nacional de Saúde Suplementar ( ANS) , Agência Nacional de Transportes Terrestres ( ANTT), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e Agência Nacional de Vigiilância Sanitária (Anvisa).
De acordo com o sindicado, a ANA chegou a fazer uma mobilização, mas não estava em greve nos últimos dias. Servidores do órgão não sofreram corte no ponto.
Além desses trabalhadores, não assinaram acordo analistas da Receita; auditores do Trabalho; analistas de infraestrutura; e servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Os quadros do Banco Central, da Comissão de Valores Mobiliários, da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e da Polícia Civil de Ex-Territórios também ficarão sem aumentos. Agentes da PF e auditores da Receita continuam em greve.
De acordo com o Ministério do Planejamento, os sindicatos só terão nova oportunidade de assinar acordos no ano que vem, com reajustes para 2014. O diretor do Sinagências reclamou da intransigência da equipe econômica. Segundo ele, o governo ofereceu uma tabela fechada, com índice de quase 10% em três anos, e não quis discutir contrapropostas.
- Nas assembleias, a categoria rejeitou a proposta na íntegra. Não houve um ponto sequer que agradou - afirmou.
Do total de 11.495 servidores que tiveram ponto cortado pelo governo, 2.420 são das agências reguladoras. Somente na Anvisa, 666 servidores ou 33% do quadro ficaram sem trabalhar por um ou mais dias durante o mês de julho. N Anatel e ANTT, a medida atingiu 31,8% e 36,5% do total de trabalhadores, respectivamente.
fonte: oglobo.com.br
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