quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Protesto de professores no Rio termina em confronto com a PM


A Polícia Militar reprimiu uma manifestação de professores e estudantes no câmpus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, no fim da tarde desta quinta-feira, 23. De acordo com vizinhos do campus, no Maracanã, zona norte, foram lançadas bombas de efeito moral e houve pânico entre as pessoas que passavam na rua, próximo à universidade. Técnicos, professores e estudantes estão em greve desde 11 de junho.

A professora Márcia dos Passos Neves, que mora junto à Uerj, contou que os carros do Batalhão de Choque chegaram por volta das 18 horas. "Parecia barulho de tiro, bomba. As pessoas saíram correndo na calçada. A universidade também ficou completamente às escuras", disse.

À tarde, ocorreu uma assembleia coletiva de técnicos professores e estudantes. Ao fim da reunião, houve uma passeata nos arredores da UERJ e o trânsito na Avenida Radial Oeste foi interrompido, provocando engarrafamento. O grupo voltou para a universidade e os estudantes se reuniram em frente a uma agência bancária, para outra assembleia. Nesse momento, os policiais militares chegaram. O grupo foi dispersado com spray de pimenta.

"Os professores já tinham se dispersado e os alunos estavam reunidos em frente à agência, que era o único lugar iluminado. A polícia entrou jogando gás lacrimogêneo. Foi uma coisa muito agressiva, uma repressão inútil, porque não teve depredação, nada", disse o professor de Comunicação Fábio Iório.

Em nota, a Polícia Militar informou que o 4.º Batalhão (São Cristóvão) foi acionado para conter manifestantes da UERJ, que tentavam fechar a Avenida Radial Oeste com pneus. O Batalhão de Choque foi chamado para auxiliar. "Os grevistas deixaram a via, entraram na universidade e depredaram um caixa eletrônico. Uma bomba de efeito moral foi lançada para dispersar o grupo", diz o texto. O movimento grevista nega que o caixa tenha sido depredado.

fonte: estadao.com.br

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