terça-feira, 11 de setembro de 2012

Metalúrgicos do ABC em GREVE

Metalúrgicos do ABC têm 1ª greve em 7 anos

Após sete anos sem greve em uma campanha salarial, os metalúrgicos do ABC pararam ontem 50 fábricas de vários setores para pedir reajuste e aumento real.

O sindicato da categoria informou que 80% dos 70 mil funcionários em campanha aderiram ao protesto -eles retornam hoje ao trabalho.

Nas autopeças, a produção parou, segundo informa o setor patronal. Representantes dos demais segmentos não informaram a adesão.

Com a paralisação, o sindicato pressiona autopeças, indústrias de máquinas, eletroeletrônicos, entre outras, a negociar 8% de reajuste (incluindo reposição da inflação e aumento real de 2,51%).

O percentual é o mesmo concedido pelas montadoras, que fecharam em 2011 acordo salarial até 2013.

No ano passado, montadoras e demais segmentos concederam 10% de reajuste (7,36% da inflação e 2,44% de aumento), além de abono.

"Os abonos serão negociados por setor. Mas o reajuste das montadoras pode ser estendido aos demais segmentos", diz Rafael Marques, vice-presidente do sindicato.

Apesar da desaceleração da economia, sindicalistas dizem que vários fatores possibilitam o aumento.

"Além da redução do IPI surtir efeito, as empresas tiveram desoneração da folha de pagamento, redução do custo da energia. O acordo do setor automotivo prevê maior índice de nacionalização, o que gera maior demanda nas autopeças", diz Marques.

"Esse ambiente é favorável ao reajuste maior."

Drausio Rangel, negociador das autopeças, contesta: "Nossa produção não cresceu mais do que 1%. Temos deficit previsto de R$ 4 bilhões no setor. Não há como dar aumento salarial, somente repor a inflação".
fonte: folhasp.com.br

Metalúrgicos param por 24 horas no ABC

Cerca de 56 mil metalúrgicos na região do ABC paulista fizeram ontem uma paralisação de 24h nas fábricas. A adesão ao movimento foi de 80%, dentre os 70 mil trabalhadores filiados ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC que participam de campanha salarial este ano. A paralisação dos 56 mil trabalhadores do ABC pode se estender por prazo indeterminado, caso as negociações com o setor patronal não avancem.

A medida é uma forma de pressão dos trabalhadores para que as empresas façam proposta de reajuste salarial que se aproxime das reivindicações da categoria. Os metalúrgicos não aceitam proposta de reajuste sem aumento real. Até agora, exceto o setor de fundição, a classe patronal apresentou proposta de aumento de 5%, o que não repõe a inflação do período (5,39%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), segundo a Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (FEM CUT-SP).

Este ano não há negociação com as montadoras, pois na campanha do ano passado foi fechado um acordo por dois anos (2011 e 2012). Assim, para os trabalhadores da s montadoras já estão definidos a reposição da inflação e o aumento real.

São José. Além dos metalúrgicos do ABC, os trabalhadores da região de São José dos Campos (SP) podem entrar em greve a partir de hoje. A expectativa, segundo o vice-presidente do sindicato, Herbert Claros, é de que os 44 mil trabalhadores da base do sindicato cruzem os braços a partir desta terça.

Os metalúrgicos de São José dos Campos pedem 7,48% de aumento real, além da reposição da inflação. De acordo com o vice-presidente do sindicato, a maioria das propostas foi de 5% de reajuste, o que exclui aumento real nem cobre a inflação do período.

Protestos. Em Sorocaba, os trabalhadores irão realizar protestos e paralisações a qualquer momento. Ontem, os metalúrgicos de uma das fábricas da região atrasaram 2 horas e 30 minutos a entrada do primeiro turno de trabalho. No período da tarde, cerca de 2 mil metalúrgicos de diversas fábricas protestaram por cerca de 1 hora na zona industrial da cidade.

A região de São Carlos, também terá uma semana de protestos na porta das empresas. Ontem, atrasos de cerca de 20 minutos em todos os turnos são realizados pelos metalúrgicos da base do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Região, que tem 13 mil trabalhadores.

Como no ABC, os funcionários da Volkswagen na região não participam da campanha salarial, pois fecharam acordo por dois anos em 2011.
fonte: estadao.com.br

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