Os funcionários da OAS, construtora responsável pelas obras da Arena do Grêmio, vão retornar ao trabalho na tarde desta terça-feira, após entrarem em greve no período da manhã. As principais reivindicações da paralisação foram as horas extras, que teriam sido cortadas por determinação do Ministério do Trabalho, e sobre a volta dos funcionários para o Nordeste - onde moram a maioria dos quase quatro mil trabalhadores.
Em clima tenso, cerca de dois mil funcionários se reuniram com o diretor da OAS, Marcos Benício, na região onde ficará o gramado do futuro estádio do Grêmio. Mas horas depois um acordo foi confirmado por Eduardo Antonini, presidente da Grêmio Empreendimentos, empresa que gere a construção da Arena.
Cerca de dois mil trabalhadores estiveram reunidos com a OAS na Arena do Grêmio |
Para Edmílson Santos, um dos grevistas, as horas extras são vitais para conseguir se manter em Porto Alegre. "A bronca é em relação as horas extras cortadas. O nosso salário é de R$ 700 por mês, e sem as horas extras fica difícil se manter aqui. Nós vimos do Nordeste, eu sou de Maceió. E foi dito que nós voltaríamos de ônibus, sendo que o combinado era de avião. A paralisação é geral", disse o trabalhador.
No entanto, outros grevistas estão revoltados mais com o Ministério do Trabalho, que teria cortado as horas extras dos trabalhadores.
Segundo os funcionários, o acordo com a OAS garante o pagamento das duas horas extras cortadas, além de outras duas - relacionadas aos serviços executados nos últimos sábados. Caso o pagamento não seja realizado em 15 dias, prazo dado pela OAS, os trabalhadores garantem que vão retomar a paralisação.
Faltam 53 dias para a inauguração da Arena do Grêmio, que contará com um amistoso entre o clube tricolor e o Hamburgo, reedição do Mundial de 1983. A obra está 90% concluída.
fonte: terra.com.br
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