quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Operários de empreiteira da Petrobras suspendem greve em Cubatão SP


Os 180 operários da empreiteira Ecman em serviço na Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (RPBC), da Petrobras, suspenderam a greve de um dia, iniciada às 7 horas de segunda-feira (29).

Em assembleia no dia 30, em frente ao portão 10 da estatal, eles deram um voto de confiança à promessa da empreiteira de não mais atrasar o pagamento de rescisões.

Os trabalhadores pararam as atividades porque a empreiteira não havia depositado os valores referentes a três de 12 demissões recentes. Eles acham que, quando forem demitidos, poderão ter o mesmo problema.

Durante a assembleia, o presidente Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial, Macaé Marcos Braz de Oliveira, fez um alerta:
“Se houver outro atraso de pagamento, seja de rescisão, de salário ou de outro benefício, a greve será por tempo indeterminado. Quem não tem condições não se estabeleça”.

O sindicalista apresentará requerimento ao Ministério Público do Trabalho (MPT), nesta semana, pedindo providências contra a empreiteira e a Petrobras.
Com base no artigo 455 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), Macaé proporá que a estatal pague imediatamente os operários, quando as empreiteiras descumprirem suas obrigações.

O vice-presidente do sindicato, Luiz Carlos de Andrade, denuncia que a Petrobras “não respeita o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e deixa de comparecer a mesas-redondas por ele convocadas”.
RPBC
‘Um cemitério de empreiteiras’

Macaé reclama que a Petrobras “deveria tomar atitudes contra essa e outras empreiteiras que terminam seus contratos e somem, sem pagar aos trabalhadores”.

Para Macaé, a estatal “é corresponsável pelos débitos trabalhistas e deveria ser mais criteriosa na contratação das empreiteiras, evitando problemas desse tipo numa das maiores empresas do mundo”.

O vice-presidente do sindicato, Luiz Carlos Andrade, denuncia que a empreiteira “não tem nem telefone fixo. Você procura e não acha sequer uma placa de identificação no canteiro de obras”.

Segundo ele, as portarias da RPBC “não têm comunicação com o escritório da empreiteira. E o sindicato não consegue falar com seus representantes”.

Macaé e Luiz Carlos não aceitam ter que recorrer à Justiça do Trabalho para garantir os direitos trabalhistas: “Os trabalhadores não podem esperar dez anos, até que o processo seja julgado”, diz o presidente do sindicato.

Para o vice, a Petrobras, “nos últimos tempos, se transformou num cemitério de empreiteiras que entram em falência e não pagam os empregados”.

fonte: fsindical.org.br

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