quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Protesto para Foxconn (produtora do iPhone) de Jundiaí por 3 horas


Funcionários da gigante chinesa Foxconn, fabricante de eletrônicos, fizeram uma paralisação de três horas nesta quarta-feira (10), em Jundiaí (SP), em protesto contra a má qualidade das refeições servidas no trabalho. Cerca de 800 trabalhadores cruzaram os braços em frente à fábrica para acelerar o processo de troca da fornecedora de alimentos, que já estava em negociação há um mês.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí e Região, a paralisação foi na unidade que funciona há seis anos da cidade, com 3 mil trabalhadores e que produz computadores Sony e HP. No ano passado, em um nova unidade instalada na cidade, a Foxconn passou a produzir iPhones e iPads para a Apple. "A paralisação foi devido a demora na troca da empresa que fornece as refeições. Vínhamos negociando com a empresa essa troca há um mês", afirma Evando Santos de Oliveira, do sindicato.

A principal reclamação sobre a comida era em relação ao tempero e a qualidade da carne servida. Em nota, a empresa informou que a atual fornecedora de refeições "encerrará as suas atividades na Foxconn nesta quinta-feira, sendo substituída a partir da próxima segunda-feira". Segundo a Foxconn, todos os trabalhadores foram informados sobre a mudança.

No início do ano, cerca de 2,5 mil trabalhadores da Foxconn, em Jundiaí, ameaçaram parar a produção na fábrica por causa dos problemas de estrutura, como condições de transporte e também alimentação. Na ocasião, a empresa atendeu às reivindicações dos trabalhadores e a greve não ocorreu.

Maior fabricante de eletrônicos dos mundo, o histórico de problemas trabalhistas da taiwanesa Foxconn tem colocado a empresa em destaque nos noticiários nos últimos anos. Em setembro, pelo menos 40 pessoas ficaram feridas em uma briga que envolveu cerca de 2 mil operários em uma das fábricas mantidas na China. O conflito só foi controlado dois dias depois do início por um batalhão de 5 mil policiais. A planta emprega 79 mil trabalhadores.

Com uma lista de clientes que inclui Apple, Dell, Amazon e Microsoft, a Foxconn possui 1,1 milhão de empregados na China, espalhados em 13 fábricas. A Foxconn é alvo de denúncias por conta de uma série de irregularidades trabalhistas nas fábricas do grupo na China. Em 2010, 18 funcionários da empresa tentaram suicídio pulando das janelas de seus dormitórios - 14 deles morreram.

No mês passado, a companhia taiwanesa anunciou que pretende construir sua nova fábrica no Brasil na cidade de Itu, interior de São Paulo, com investimento previsto é de R$ 1 bilhão e geração de 10 mil empregos diretos.

fonte: estadao.com.br

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