quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Agentes prisionais de Santa Catarina decretam Estado de Greve


Depois de toda onda de violência no estado de Santa Catarina, os/as agentes prisionais sentido-se inseguros e preocupados, reuniram-se em Assembleia dia 22 de novembro e depois de relatarem as precárias condições de trabalho e o descaso do governo com esta situação, o grupo de agentes definiu entrar em Estado de Greve.

A total ineficiência do Estado e a falta de governabilidade por parte do comando de Raimundo Colombo, levam o estado catarinense ao caos, os/as servidores da saúde completam um mês de greve e até agora sem negociação, os/as professores/as lutam para prevalecer a lei do Piso Nacional do Magistério e agora os agentes prisionais, passado uma semana do caos da segurança pública que assustou toda a população, trazem à tona todos os problemas de gestão dentro dos presídios. São os/as servidores/as lutando por melhores condições de trabalho e de acesso da população para as políticas públicas, como saúde, educação e segurança.

Na Assembleia que aconteceu no Sindicato dos Empregados no Serviço Público Estadual – Sintespe, em Florianópolis, compareceu o promotor de Justiça do Ministério Público, Jadel da Silva Junior, que esteve na Assembleia por vontade própria afim de ouvir dos/as agentes quais eram suas reclamações “A nossa atuação como Promotor Público, não é só ouvir um dos lados, mas sim ambas as partes. Eu parabenizo este movimento e acredito que somente com movimento que conseguimos conquistar as coisas”, destacou Jadel.

Agentes Prisionais ameaçam cruzar os braços e paralisarem os seus serviços caso o governo não atenda as reivinidcações da categoria.

 precariedade do Sistema Penitenciário. Os dados mais preocupantes são a falta de segurança para os/as agentes “Temos apenas dois coletes à prova de balas, os dois recebidos como doação da Polícia Civil e já vencidos desde 1998, as nossas viaturas estão sucateadas e muitas vezes usamos o nosso armamento pessoal para garantir a segurança”, declarou um dos agentes que trabalha na Penitenciária de São Pedro de Alcântara. Outra reivindicação dos/as servidores/as é a contratação de mais agentes penitenciários “Estamos trabalhando no nosso limite, eu já cheguei num dia fazer 114 revistas íntimas, a minha condição física não esta mais aguentando esta situação”, desabafou uma das agentes penitenciárias, também de São Pedro de Alcântara.

Segundo Mario Antônio da Silva, secretário geral do Sintespe, o Estado de Greve é importante para preparar a categoria para a Greve “Chegamos a uma conclusão de que não há condições dignas de trabalho, entramos em Estado de Greve, e no prazo de 15 dias, fazemos nova Assembleia para saber se avançamos em nossas reivindicações”, declarou Mario. Enquanto isso os servidores/as dos presídios vão continuar com a Operação Padrão, em que é dada prioridade apenas a atividades relacionadas à saúde e à alimentação dos/as presos/as, estando suspensa as visitas familiares e também as de advogados/as fora do horário forense, caso não tenha efetivo para execução destes procedimentos.

fonte: cut-sc.org.br

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