quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Eletricitários rejeitam proposta da Cemig e aprovam estado de greve


Em assembleias unificadas que estão sendo realizadas em todo o Estado, os eletricitários mostram a convicção de que o documento que a Cemig apresentou às entidades não pode sequer ser chamado de proposta. Além de aprovar a imediata rejeição da “proposta” pelos sindicatos na mesa de negociação, os eletricitários  seguem aprovando o estado de greve.

As reuniões terminarão nesta quinta-feira (1º), mas nas assembleias já realizadas  a categoria foi quase unânime  a disposição dos eletricitários para ampliar a luta e fazer com que a empresa vá além do que os negociadores disseram ser a “ proposta final” da Cemig.

Em todas as reuniões, trabalhadores e trabalhadoras reafirmam a defesa da pauta. Eles cobram a garantia de emprego, o fim da terceirização, aumento real, reintegração dos eletricitários demitidos injustamente, concurso público, seleção interna, transferência dos trabalhadores da Cemig S para a Cemig D e uma comissão paritária para avaliar os acidentes de trabalho,  entre outras reivindicações.

Na manhã da terça-feira (30), trabalhadores e trabalhadoras do Anel Rodoviário, em Belo Horizonte, decidiram, por unanimidade, referendar a postura dos representantes da categoria na mesa. Em um ato simbólico, o informativo ”Diálogo” da empresa foi rasgado, para mostrar que a comunicação da empresa com os eletricitários é contraditória e só serve para causar mais insatisfação. Na Base São Gabriel, a categoria deu todo o apoio à rejeição da proposta pelas entidades e disse em alto e bom som que está em estado de greve.

Sem transparência
Também na terça-feira (30), trabalhadores e trabalhadoras do Edifício Sede, em Belo Horizonte, apoiaram  o repúdio à proposta da Cemig e aprovaram o estado de greve. Os sindicatos defenderam maior transparência e seriedade da empresa no processo de negociação.

Para o diretor do Sindieletro e de Relações com Participantes da Cemig Saúde, Marcelo Correia, é incoerente por parte da Cemig falar em transparência e diálogo se não mostra, por exemplo, dados sobre a terceirização como os gastos com contratos. O diretor do Senge/MG Nilo Sérgio disse que o que foi apresentado aos trabalhadores não “é proposta, mas uma humilhação que a empresa tenta impor à categoria”.

Um dia antes, eletricitários reunidos na Cidade Industrial, em Contagem, repudiaram a proposta vergonhosa da Cemig.  Para o diretor de Relação com os Participantes da Forluz, Wilian Vagner Moreira, a empresa usa as novas regras do setor elétrico como “muleta” para atacar o Acordo Coletivo dos Trabalhadores. "A Cemig quer jogar sobre o trabalhador uma responsabilidade que é dela. Mas não vamos admitir que a empresa faça a categoria regredir em seus direitos e, por isso, nossa mobilização vai ser maior  este ano", alertou.

Dor e indignação
Os eletricitários de várias localidades fizeram, durante as assembleias, um minuto de silêncio em memória do trabalhador José Custódio Gomes da Silva, da empreiteira Engepol, que perdeu a vida a serviço da Cemig no último dia 19.

fonte: cut.org.br

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