segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Grécia começa semana decisiva com greve de transportes, jornalistas, médicos e advogados


O setor de transportes e os jornalistas fizeram nesta segunda-feira o primeiro dia de paralisação de trabalhadores na Grécia contra os cortes que o Parlamento deverá aprovar nesta semana para receber a segunda parcela do resgate financeiro.

Em Atenas, o metrô está fechado e as linhas de ônibus não funcionam. Segundo o sindicato, taxistas também se somaram ao movimento. Da mesma forma, os advogados começam hoje uma greve de cinco dias.

Devido à greve de três dias no setor de saúde, os hospitais estão atendendo em esquema de serviços mínimos.

A partir de terça, será a vez da companhia pública de eletricidade DEI começar um cessar de atividades de 48 horas, o que pode causar apagões no país.

Já os jornalistas da imprensa escrita, de rádio, televisão e mídia eletrônica decretaram uma paralisação de 24 horas. A greve também foi motivada pela demissão de dois apresentadores que foram exonerados por criticar um ministro por supostas torturas policiais a militantes anarquistas.

Mulher segura estaca em manifestação de jornalistas em Greve em Atenas. 05 novembro 2012
AUSTERIDADE

A greve é motivada pelos cortes do Orçamento, avaliados em € 18 bilhões, que deverão ser aprovados nesta semana pelo Parlamento.

A ratificação das medidas de austeridade é necessária para que o país consiga os € 31 bilhões da segunda parcela do resgate de € 130 bilhões concedido em fevereiro pela União Europeia, o BCE (Banco Central Europeu) e o FMI (Fundo Monetário Internacional).

No entanto, os cortes incluem reduções salariais e de aposentadoria, cortes de pessoal no serviço público e novas medidas de desregulamentação do mercado trabalhista. Atenas precisa do dinheiro, pois, caso não receba, o país pode declarar moratória em meados de novembro.

Greve de transportes abre semana de protestos contra novo ajuste na Grécia

Os transportes e os jornalistas inauguram nesta segunda-feira uma semana de greves na Grécia contra os ajustes que o Parlamento deverá votar para que o país obtenha os fundos acertados com seus credores internacionais.

Em Atenas, o metrô está fechado e os taxis se somaram ao movimento, informaram os sindicatos.

Os jornalistas da imprensa escrita, de rádio, televisão e mídia eletrônica decretaram, por sua vez, uma paralisação de 24 horas.

Os hospitais estão atendendo em esquema de serviços mínimos e o sindicato da companhia pública de eletricidade DEI anunciou um cessar das atividades de 48 horas, prorrogáveis, a partir da noite desta segunda-feira.

A onda de descontentamento deverá intensificar-se na terça e quarta-feira devido às convocações de greve geral.

Também convocaram marchas no centro de Atenas contra os cortes de 18 bilhões de euros (23 bilhões de dólares), decididos pelo governo de coalizão entre conservadores e socialistas e que o parlamento deve votar na quarta.

O novo ajuste inclui reduções salariais e de aposentadoira, cortes de pessoal no serviço público e novas medidas de desregulamentação do mercado trabalhista.

A aprovação dessas medidas é fundamental para a liberação de uma parcela de 31,5 bilhões de euros do pacote de resgate acertado pela Grécia com a União Europeia (UE), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE). Sem este dinheiro, o país corre risco de declarar falência em meados de novembro.

Médicos, jornalistas e advogados fazem greve contra cortes econômicos na Grécia

A Grécia viverá a partir desta segunda-feira (5) e durante toda a semana várias paralisações setoriais e uma greve geral de 48 horas, a partir de terça-feira, contra as medidas de austeridade que o governo do conservador Antonis Samaras pretende aprovar na quarta-feira no Parlamento.

Os taxistas se declararam nesta segunda-feira em greve de 24 horas e os trabalhadores do serviço de metrô e bonde, até o final da terça-feira.

Médicos, advogados e jornalistas
Os médicos e funcionários de saúde dos hospitais públicos foram convocados a uma greve de três dias, até quarta-feira, e os hospitais só atenderão urgências. Da mesma forma, os advogados começam hoje uma greve de cinco dias.

Até mesmo os jornalistas iniciarão hoje uma greve de 24 horas contra da intenção do governo de fundir o fundo próprio da Previdência Social da categoria com o geral do Estado.

A proposta foi rejeitada já na semana passada pelo Parlamento, apesar de que o Ministério das Finanças pretende voltar a apresentá-la nesta semana com o resto de medidas de austeridade.

Os jornalistas da televisão e da rádio públicas estão há vários dias em greve exigindo a readmissão de dois apresentadores que foram exonerados por criticar um ministro por supostas torturas policiais a militantes anarquistas.

Além disso, os trabalhadores da companhia pública de eletricidade iniciarão nesta noite uma greve de 24 horas, pelo que se avisou de eventuais cortes de fornecimento elétrico.

Pacote do governo
Uma greve de 48 horas contra as medidas de austeridade e os cortes foi convocada para terça-feira e quarta-feira pelas duas principais confederações de trabalhadores, GSEE (setor privado) e ADEDY (servidores), e apoiada por duas grandes associações de pequenos empresários e comerciantes, ESEE e GSEVEE.

O governo apresentará hoje ao Parlamento o pacote de medidas de austeridade, que será votado na quarta-feira, exigido pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional em troca de um novo lance de financiamento.

No domingo à noite está prevista a votação dos orçamentos para 2013, que incluem boa parte dos novos cortes exigidos pelos credores internacionais.

fonte: folhasp.com.br/ uol.com.br/ terra.com.br

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