sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Greve de trabalhadores terceirizados na Bahia obriga Tenace a pagar parte de salários e rescisões


Após greve de dois dias (12 e 13), mobilizações e muita pressão, os trabalhadores da Tenace (substituída pela Cemon no contrato da Petrobrás), garantiram  parte do dinheiro relativo ao pagamento das rescisões e dos salários. O movimento dos trabalhadores e do Siticcan, que aconteceu na Rlam, teve o apoio do Sindipetro Bahia e CUT.

Em assembleia nesta quarta (21), na sede do Siticcan\Candeias, os trabalhadores aceitaram o montante de R$ 2,3 milhões, que será dividido de forma igual para garantir que todos recebam um valor mínimo e não sejam totalmente prejudicados. O Siticcan já entrou na justiça para garantir o pagamento do restante da importância a que os trabalhadores têm direito.

O problema, segundo Cláudio Guedes, diretor  do Siticcan, é que a empresa Tenace pediu concordata e a Cemon, que está assumindo parte dos trabalhadores da terceirizada,  alegou  não ter condições de pagar a rescisão total. Para Guedes, “a  Petrobrás agiu de forma irresponsável, pois tinha conhecimento da real situação da Tenace e não reteve a quantia necessária para garantir o pagamento dos trabalhadores”.  Cerca de 150 trabalhadores foram demitidos e 200 foram contratados pela Cemon.

As demissões aconteceram também nas empresas da área química, a exemplo da QGN e Dow Química. Segundo Cláudio, diferente da Petrobrás, a Dow assumiu o passivo e pagou a divida da Tenace com os trabalhadores.  O diretor do Sindipetro, Deyvid Bacelar, lembra que desde 2009 consta na pauta de reivindicações dos petroleiros proposta feita pela FUP da criação de um Fundo Garantidor de Pagamento, que reteria mensalmente um determinado valor do contrato para proteger os direitos dos trabalhadores em caso de falência da terceirizada.

No final do contrato, se corresse tudo bem, o dinheiro seria resgatado pela terceirizada. O mais inacreditável, diz Deyvid, “é que o Sinduscom, sindicato patronal, concorda com a criação deste Fundo, mas a Petrobrás não”.

fonte: cut.org.br

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