terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Após 40 dias de greve, operários da construção pesada voltam ao trabalho no Espírito Santo


Os operários da construção pesada do Espírito Santo voltaram ao trabalho na manhã desta segunda-feira (17) após 40 dias em greve. Eles haviam cruzado os braços no dia 12 de novembro.

A paralisação terminou depois de um acordo na última sexta (14), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-ES), entre o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Estado (Sintraconst-ES) e os representantes patronais. A categoria fechou um dissídio coletivo com 10% de aumento para os pisos salariais, auxílio alimentação de R$ 170 e R$ 30 de bonificação por assiduidade.

Quem recebe acima do piso terá 8% de elevação salarial e, em fevereiro de 2013, receberão mais 1%. Já as horas extras passam a 70% no sábado e 120% aos domingos e feriados.

Em relação aos dias parados, 50% deles serão abonados e os demais compensados em até 180 dias, uma hora a cada dia, exceto aos domingos e feriados.

Por fim, ficou definida a garantia de emprego, até a data-base de 2013, para os nove membros da comissão de negociação.

Sem luta não há vitória – A campanha salarial da construção pesada no Espírito Santo é um marco histórico. Pela primeira vez, o Sintraconst-ES representou uma categoria que tinha á frente o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada (Sindopem-ES), verdadeira aula de ataque à classe trabalhadora, com convenções que permitem banco de horas, ao invés de pagamento de horas extras, e contratos temporários.

Após uma luta judicial de 15 anos, o Sintraconst-ES assumiu a base que teve a primeira assembleia em duas décadas.

Para o presidente do sindicato, Paulo Peres, o Carioca, o próximo passo é preparar os operários para que a mobilização e a articulação nos canteiros de obra sejam constantes.

“A mobilização não pode ficar restrita à campanha salarial, porque senão é insuficiente. É muito importante que aconteça nesse período, mas não apenas. O grande desafio é fazermos um trabalho de base, temos que estar no dia-a-dia das obras, estabelecer um laço de credibilidade para que os operários também possam ir para dentro do sindicato e cobrar a direção”, afirmou o dirigente.

fonte: cut.org.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário