Os operários da construção pesada do Espírito Santo voltaram ao trabalho na manhã desta segunda-feira (17) após 40 dias em greve. Eles haviam cruzado os braços no dia 12 de novembro.
A paralisação terminou depois de um acordo na última sexta (14), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-ES), entre o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Estado (Sintraconst-ES) e os representantes patronais. A categoria fechou um dissídio coletivo com 10% de aumento para os pisos salariais, auxílio alimentação de R$ 170 e R$ 30 de bonificação por assiduidade.
Quem recebe acima do piso terá 8% de elevação salarial e, em fevereiro de 2013, receberão mais 1%. Já as horas extras passam a 70% no sábado e 120% aos domingos e feriados.
Em relação aos dias parados, 50% deles serão abonados e os demais compensados em até 180 dias, uma hora a cada dia, exceto aos domingos e feriados.
Por fim, ficou definida a garantia de emprego, até a data-base de 2013, para os nove membros da comissão de negociação.
Sem luta não há vitória – A campanha salarial da construção pesada no Espírito Santo é um marco histórico. Pela primeira vez, o Sintraconst-ES representou uma categoria que tinha á frente o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada (Sindopem-ES), verdadeira aula de ataque à classe trabalhadora, com convenções que permitem banco de horas, ao invés de pagamento de horas extras, e contratos temporários.
Após uma luta judicial de 15 anos, o Sintraconst-ES assumiu a base que teve a primeira assembleia em duas décadas.
Para o presidente do sindicato, Paulo Peres, o Carioca, o próximo passo é preparar os operários para que a mobilização e a articulação nos canteiros de obra sejam constantes.
“A mobilização não pode ficar restrita à campanha salarial, porque senão é insuficiente. É muito importante que aconteça nesse período, mas não apenas. O grande desafio é fazermos um trabalho de base, temos que estar no dia-a-dia das obras, estabelecer um laço de credibilidade para que os operários também possam ir para dentro do sindicato e cobrar a direção”, afirmou o dirigente.
fonte: cut.org.br
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