A greve na unidade da Sadia (BRF) de Ponta Grossa completou nesta quarta-feira, 19 de dezembro, uma semana e até o momento a empresa não sinalizou com a possibilidade de voltar à mesa de negociação com o sindicato dos trabalhadores (STIMLACA).
De acordo com o presidente do sindicato, Luis Pereira, com a demora da empresa em dar uma resposta aos trabalhadores parados o clima de revolta tende a aumentar. “A empresa quer vencer a greve pelo cansaço, mais uma vez ela demonstra como trata com descaso e arrogância as reivindicações dos seus funcionários, verdadeiros responsáveis pelos lucros astronômicos que ela vem tendo ao longo dos anos. Se ela pensa que vamos desistir está muito enganada. A greve só termina quando nossas reivindicações forem atendidas”, adiantou Pereira.
Passeata pela cidade
Na manhã desta quarta-feira os cerca de 500 trabalhadores (as) decidiram por realizar passeata por uma das principais avenidas da cidade. Portando faixas, cartazes e bandeiras eles deixaram a frente da empresa e marcharam até o terminal rodoviário onde fizeram um ato contra a demora da empresa em dar uma resposta ao sindicato a respeito da nova proposta apresentada pelos trabalhadores na semana passada.
Conforme explicou Ernane Garcia, presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Paraná (FTIA PR – CUT) os trabalhadores estão revoltados com o descaso apresentado até aqui pelos negociadores da empresa e a qualquer momento a situação poderá fugir ao controle devido as ameaças constantes dos encarregados e da gerência que filmam e fotografam os que estão participando da paralisação. “A Sadia (BRF) não pode continuar tratando os seus funcionários com o descaso e a prepotência que vem demonstrando afinal são eles quem geram os lucros da empresa”, finalizou.
fonte: cut.org.br
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