terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Trabalhadores da alimentíssia BRF de Ponta Grossa-PR mantém paralisação por tempo indeterminado


Em assembleia realizada na manhã de quinta-feira, 13 de dezembro, os cerca de 500 trabalhadores e trabalhadoras em greve na unidade da BRF do município de Ponta Grossa (PR) greve decidiram por recusar a nova proposta de reajuste salarial apresentada pela empresa. A BRF emprega cerca de 1.100 trabalhadores na produção de massas.

De acordo com o presidente do Sindicato (STIMLACA), Luis Pereira, a nova proposta feita pela empresa ainda se encontra distante em muitos aspectos das reivindicações dos trabalhadores da empresa. 

Durante a apresentação da nova proposta da BRF os trabalhadores vaiaram e, em coro, gritaram palavras de ordem pela manutenção da paralisação. O Sindicato também denunciou as várias demissões de trabalhadores e trabalhadoras com lesões por esforços repetitivos e outras doenças laborais adquiridas devido à jornada estafante aplicada pela empresa.

“Os trabalhadores e o sindicato estão reivindicando melhores condições de trabalho, adoção de pausas, respeito, valorização dos funcionários e reajustes salariais dignos. Não estamos pedindo esmolas”, afirma Pereira.

Outra questão que esta pesando na balança, segundo o sindicato, é o fato da Unidade de Ponta Grossa ser excluída das negociações coletivas realizadas com os sindicatos de Toledo, Dois Vizinhos, Francisco Beltrão e Paranaguá.  Um tratamento que demonstra que a empresa não respeita os trabalhadores e nem a sua organização sindical.

Por causa disso a tendência é que o movimento ganhe força com o passar o tempo, isto porque vários trabalhadores e trabalhadoras que estão no interior da fábrica já demonstraram o desejo de aderir a greve.
A polícia militar foi acionada pela empresa para coibir o movimento mas como não foi constatada nenhuma violação da lei os polícias conversaram com o comando de greve e logo a seguir deixaram o local.

A gerência também tem tentado de todas as maneiras “convencer” os trabalhadores a voltar ao trabalho. O que tem causado mal estar, revolta e indisposição entre trabalhadores. A intransigência tem sido a tônica da empresa em sua relação com o sindicato e com os trabalhadores em greve. O que pode dificultar em muito o diálogo e a definição de uma proposta que consiga por fim ao movimento.

O presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Paraná (FTIA PR), Ernane Ferreira Garcia, que desde o inicio tem acompanhado as negociações salariais, acredita que somente o diálogo franco e aberto poderá por um fim a paralisação. “Infelizmente os ânimos estão exaltados e a cada minuto que passa por culpa da empresa as coisas vão se tornando mais difíceis para ambas as partes.  Se a BRF quer mesmo por um fim a greve ela deve apresentar uma proposta séria e tratar o sindicato com respeito”, analisa Ernane.

fonte: cut.org.br

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