terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Na falta de perspectiva em relação às negociações com o governo paulista, professores partem para greve


 O Conselho Estadual de Represen­tantes da APEOESP, reunido no dia 23 de fevereiro, sábado, decidiu convocar toda a categoria para uma assembleia estadual a se realizar na Praça da Sé, na capital, no dia 15 de março, às 14 horas, seguida de passeata até a Praça da Re­pública, onde fica a sede da Secretaria Estadual da Educação.

A SEE mais uma vez alterou o calen­dário escolar. Sabemos que Diretorias de Ensino pretendem agendar para 15 de março o terceiro dia de planejamen­to que a SEE liberou para qualquer data do mês. Isto, porém, não nos intimida. Como já afirmamos anteriormente, não adianta a SEE “mapear” nossas ativida­des para tentar nos atrapalhar, pois o nosso movimento prosseguirá.

O CER também aprovou uma cam­panha de mídia, nos meses de março e abril, esclarecendo a população so­bre as razões que podem nos levar à greve. Objetiva também motivar ainda mais os professores e professoras, que já possuem razões de sobra para se mobilizar contra um governo que não nos respeita, não nos valoriza e ignora nossas reivindicações. O primeiro anúncio ocorrerá durante o Jornal da Globo, da Rede Globo de Televisão, no dia 04 de março.

Entre as principais reivindicações que nos encaminham para a greve estão:
- Reajuste salarial imediato. Reposição das perdas salariais. Recomposição do reajuste de 2012 definido em 10,2% pela LC 1143/2011, mas do qual somente nos foram pagos 5,2%.
- Aplicação da jornada do piso: no mínimo 33% da jornada de trabalho para atividades de formação e prepa­ração de aulas.

- Fim da remoção ex-officio, designação de professores por “perfil”, avaliações anuais e outras ilegalidades na implan­tação das escolas de tempo integral.
- Fim da precarização do trabalho do­cente e da divisão em “categorias”. Trabalho igual, condições de trabalho e salários iguais.
- Extensão aos professores da “catego­ria “O” dos mesmos direitos e condi­ções dos professores da “categoria F”. Concursos públicos para a efetivação de todos.

- Dignidade na contratação, condições de trabalho e atendimento no IAMSPE para os professores da categoria “O”!

- Melhores condições de trabalho e políticas de prevenção do adoeci­mento dos professores.
- Fim da lei das faltas médicas.
- Fim dos descontos de faltas e licenças médicas para efeito de aposentadoria especial.
- Respeito e garantia de direitos aos professores aposentados.
- Fim das provinhas e avaliações ex­cludentes.
- Por um plano de carreira que atenda às necessidades do magistério.

Na primeira quinzena de março as subsedes devem organizar plenárias e visitas às escolas. Os diretores, conse­lheiros, representantes de escolas devem dialogar com todos os colegas sobre a possibilidade de realização de uma forte greve, que estabeleça as condições para uma negociação com o Governo Estadual sobre este conjunto de reivindicações. A participação de cada professor e professo­ra é fundamental. Somos uma categoria numericamente forte e socialmente im­portante e nossa mobilização é uma arma poderosa em defesa de nossos direitos e da escola pública.

A reunião dos Representantes que ocorrerá no dia 6 de março deve ser um momento de organização desta luta. As subsedes deve estabelecer cronograma de visitas e panfletagens para distribuição de carta aberta que será encaminhada.

fonte: cut.org.br

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