sexta-feira, 12 de abril de 2013

Abin nega monitoramento de movimentos sindicais e sindicalistas


E meio a polêmica sobre um possível monitoramento feito pela inteligência do governo a portuários e sindicatos contrários à Medida Provisória 595, conhecida como MP dos Portos, a Presidência da República reiterou nesta terça-feira, por meio de nota, que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) "não faz operações para vigiar movimentos sindicais ou sindicalistas" conforme tem sido noticiado pela imprensa. 

Na edição desta terça-feira do jornal O Estado de S.Paulo, reportagem informa que documento sigiloso obtido pelo veículo "confirma que o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI) mobilizou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar portuários e sindicatos contrários à Medida Provisória 595, conhecida como MP (Medida Provisória) dos Portos".

Segundo a nota divulgada pela Presidência, "o documento apresentado na reportagem é de rotina, circular que foi enviado, simultaneamente, para superintendências da Abin sediadas em 15 estados da Federação e mostra o procedimento normal de uma inteligência de Estado".

Ainda segundo a declaração oficial, os governadores têm conhecimento da atuação da instituição em seus Estados e "não há, no documento, referência à montagem de qualquer operação no Porto de Suape, em outros portos, fato que corrobora a resposta anterior do GSI".

Documento mostra que GSI mobilizou Abin 
O ofício mostrado na matéria do jornal nesta terça-feira desmente o general José Elito, ministro-chefe do GSI, que na semana passada chamou de “mentirosa” uma reportagem que revelava a ação da Abin no Porto de Suape (PE). Identificado como “Ordem de Missão 022/82105”, de 13 de março de 2013, o ofício encaminhado a superintendências da Abin em 15 Estados litorâneos traz em destaque o alvo dos agentes: “Mobilização de Portuários”. O GSI confirma a autenticidade do documento. 

A “missão” da Abin, informa o documento, é identificar ações grevistas como reação à medida provisória que altera o funcionamento dos portos. O alvo central são sindicalistas ligados à Força Sindical.

A central sindical se uniu às críticas feitas pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), contra a MP dos Portos A estrutura utilizada para mapear a ação dos portuários e sindicatos foi semelhante, em tamanho, utilização de recursos humanos e até mesmo na montagem de uma sala especial para os analistas envolvidos na operação, à montada para a Rio + 20.

Segundo a matéria, além das equipes mobilizadas nas superintendências para a espionagem de campo, oficiais lotados em outros Estados foram deslocados para Brasília e incorporados à força-tarefa de espionagem sindical. O porto pernambucano foi considerado um epicentro pela capacidade de movimentação de cargas e potencial de irradiação da greve a outros Estados. Dirigentes da Força Sindical reagiram à ação da Abin. Ontem, em evento da central em São Paulo do qual Eduardo Campos foi convidado a comparecer, o tema Abin voltou à tona.

fonte: terra.com.br

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