quinta-feira, 4 de abril de 2013

Sem definição, greve do curso de medicina na UFSCar chega ao 20º dia


A UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) espera receber nesta sexta-feira (5) um projeto da prefeitura para regularizar a parceria entre a faculdade e a unidade de saúde da família no município. O projeto pode pôr fim à greve dos estudantes iniciada há 20 dias.

A falta de médicos preceptores, que são profissionais que atendem pacientes enquanto também orientam os alunos da medicina, e a carência de estrutura para auxiliar os alunos do curso fizeram com que os estudantes do primeiro ao quarto ano paralisassem as atividades por completo no último dia 15 de março.

O vice-reitor da universidade, Adilson de Oliveira, disse que reclamações internas dos universitários foram revistas e que, no momento, a falta de um acordo formal com a prefeitura impede a volta dos estudantes.

"A Secretaria da Saúde quer que os estudantes acompanhem oito consultas por dia, o que é inviável para o conhecimento deles", disse. O ideal, segundo Oliveira, seria no máximo a metade dessa quantidade, para que os alunos possam aprender melhor em cada consulta.

Segundo ele, o projeto da prefeitura será entregue em uma reunião marcada para as 15h30 desta sexta. No entanto, ele não descartou a possibilidade de rejeitá-lo caso não esteja compatível com as exigências da faculdade.

A assessoria da prefeitura informou que até o ano passado existia um contrato formal com a UFSCar. Disse ainda que a faculdade pagava para alguns médicos e outros não recebiam.

O vice-reitor Oliveira contestou a informação e disse que a média de salário paga para cada médico preceptor era de R$ 1.100 por mês.

Uma das integrantes da comissão de negociação da greve do Centro Acadêmico Sérgio Arouca, a estudante Stephania de Araújo Rodrigues, 20, disse que a greve só vai terminar com um acordo firmado entre o município e a universidade.

fonte: folhasp.com.br

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