quarta-feira, 5 de junho de 2013

Aulas suspensas por conta da greve na educação em Mogi das Cruzes - SP

Pelo menos três escolas ficaram sem professores. 
Cerca de mil servidores estariam sem trabalhar, diz sindicato.

Pelo menos três escolas tiveram aulas suspensas nesta terça- feira (4), em Mogi das Cruzes, por causa da greve de servidores municipais. Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, cerca de mil funcionários aderiram à greve nesta manhã. A Prefeitura não confirmou a inform
ação e comunicou que apenas 180 servidores não estavam trabalhando, o mesmo número de segunda-feira, primeiro dia de paralisação.
A administração ainda informou que mantém a posição de que não irá negociar com o sindicato. A paralisação começou na com a participação de cerca de 500 dos 5 mil funcionários, de acordo com os sindicalistas.
Cerca de mil grevistas, segundo o sindicato da categoria, já aderiram à greve
Segundo a comissão de professores, cerca de cem profissionais da categoria estão sem trabalhar. Por conta disso, três escolas tiveram o dia de aula prejudicado. Em nota, a Prefeitura informou que "não há escolas fechadas, e sim estabelecimentos com número reduzido de funcionários". Segundo a administração, por conta disso, os alunos das escolas Guiomar Pinheiro Franco e Terezinha Soares foram dispensados. No Cempre Ruth Cardoso, apenas foram liberados os alunos da Educação Infantil, enquanto os do Ensino Fundamental foram atendidos nas atividades extracurriculares. A Secretaria Municipal de Educação ainda informou que irá avaliar como será feita a recuperação do período sem aulas.

Plano de carreira
Depois de uma assembleia realizada na noite de segunda, mais funcionários entraram em greve, principalmente os professores. Entre as principais reinvidicações, segundo o educador Luciano Cores, está a discussão do Estatuto do Magistério e a destinação da jornada de trabalho para o planejamento pedagógico. "Nosso estatuto está congelado desde 2004. Queremos mais transparência na discussão e mais participação da categoria. Além disso, desde abril não temos nenhum horário disponível para a avaliação e planejamento pedagógico, que é exigido por lei."

Com o Estatuto em vigor, os professores de Mogi esperam que a evolução profissional e o tempo de carreira sejam mais valorizados com real bonificação salarial.
A Prefeitura informou que a Lei Federal determina que a partir de 2014 um terço da jornada docente seja destinada ao planejamento. A decisão da Justiça sobre a aplicação da legislação saiu apenas no final do ano passado e, a partir disso, existe uma comissão de estudos trabalhando nas propostas para a implantação deste dispositivo. Já com relação ao Estatuto do Magistério, uma revisão foi iniciada em 2009 e aguarda a conclusão dos estudos de implantação, de acordo com a administração municipal.
Mais adesão
Segundo o secretário geral do sindicato, Paulo Ricardo Alves Ramalho, à tarde o grupo irá percorrer postos de saúde, escolas e unidades de assistência social. "Hoje já tem escolas sem aula e na parte da tarde vamos orientar e buscar mais apoio dos servidores. A greve está mantida por tempo indeterminado se não houver negociação", diz. Segundo o sindicato, nenhuma reunião com a prefeitura foi marcada para esta terça-feira e nem para os próximos dias.

fonte: g1.com.br

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