sábado, 14 de setembro de 2013

EDUCAÇÃO em GREVE: MT, RJ, RS

Em greve, trabalhadores da educação do Mato Grosso realizam passeata e cobram atendimento à pauta de reivindicações

A passeata dos trabalhadores da rede estadual de educação em greve reuniu cerca de 1,5 mil pessoas nesta quarta-feira (11) em Cuiabá. Mesmo sob altas temperaturas os educadores realizaram um longo percurso pelo Centro Político e Administrativo (CPA). Durante o ato público o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso Henrique Lopes do Nascimento foi notificado sobre decisão liminar caracterizando a greve como "abusiva", mas a categoria reforçou o posicionamento contrário à Justiça.
"Ilegal é o governo do Silval", foi um dos gritos levantados pela multidão que partiu do acampamento dos trabalhadores ao lado do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Trinta caravanas do interior, com cerca de 700 pessoas, chegaram em Cuiabá para participar do ato público. Os professores Roberto Carlos Rocha de Vila Rica (1.259 km a Nordeste da Capital) e Meire Mazureki de Alta Floresta (803 km ao Norte da Capital) superaram o cansaço da viagem de ônibus para participar da manifestação.
Pelo menos 40 municípios estiveram representados e com bandeiras, camisetas e acessórios como vendas pretas e narizes de palhaço, os educadores protestaram contra a decisão judicial. Crianças e jovens também integraram a passeata que iniciou na avenida Historiador Rubens de Mendonça.

Peregrinação

"É nesse sol escaldante de Cuiabá que nós vamos dar a resposta a este governo de Mato Grosso", disse Henrique Lopes do Nascimento no início da passeata. O presidente do Sintep/MT lembrou que após a autorização de Silval Barbosa (PMDB) para que realizassem os estudos para atendimento da pauta de reivindicações junto à Secretaria de Estado de Educação (Seduc) o próprio governo tomou atitude contrária.
"Foi assim que agiu o governador. Ele autorizou que fosse feita a projeção da dobra do poder de compra ao mesmo tempo que sorrateiramente buscando a ilegalidade da greve", conclui Henrique.
Depois de passar pela obra do viaduto da Sefaz na avenida Historiador Rubens de Mendonça os trabalhadores entraram no CPA em direção ao Tribunal de Justiça. Em frente a este prédio os educadores protestaram contra a decisão do desembargador Marcos Machado.
A liminar expedida nesta terça-feira (10) declarou o movimento como "abusivo", determinando o retorno dos trabalhadores sob pena de multa de cerca de R$ 23 mil ao sindicato. Mas, quem foi considerado abusivo foram o governo e o judiciário.
"Abusivo é chamar esta casa de Tribunal de Justiça. Abusivo é esta instituição ignorar o cumprimento da Constituição Estadual", declarou o secretário de articulação sindical Julio Cesar Martins Viana.
A frequência de liminares que são concedidas ao governo contra trabalhadores em greve foi amplamente protestada. "Machado, Machado, nós somos abusados", gritavam os manifestantes.
A diretora regional do Nortão 2 Francisca Ilmarli Teixeira disse que os profissionais da educação não podem ser classificados como grevistas ilegais. "Alta Floresta viajou 800 quilômetros para lutar forte em Cuiabá. Ilegal é a condição da merenda escolar, da categoria que amarga um dos piores salários do Estado".
No Palácio do Governo Henrique foi notificado da decisão liminar e assinou o documento levados pelos oficiais. "Surpreso estaríamos se a decisão fosse a favor dos trabalhadores, porque esse tribunal nunca decida pela classe trabalhadora".
Em seguida os manifestantes seguiram em passeata para a Assembleia Legislativa, onde exigiram o envolvimento dos parlamentares para uma reação positiva do governo com a categoria. "Se não houver proposta não temos elementos para retornar às nossas atividades. Em greve estamos e em greve vamos continuar", disse Henrique.
Atividades

No sábado (14) será realizado o Conselho de Representantes na sede do Sentir/MT em Cuiabá. Os delegados irão avaliar a paralisação até o momento e se preparar para a assembleia geral de segunda-feira (16), às 14h, na Escola Estadual Presidente Médici.
O acampamento continua mantido no CPA em Cuiabá com a participação dos profissionais do interior.

fonte: cut.org.br

Multa pode ser suspensa caso greve de Professores acabe

A multa diária de R$ 300 mil pode ser suspensa pelo Governo caso a greve de profissionais de educação do estado, paralisados há quase 40 dias, termine, até segunda-feira.

Depois de duas horas e meia de reunião, na última quinta-feira, dia 13, com a comissão de educação e com o líder do governo na Assembleia Legislativa do Rio, André Corrêa, do PSD, professores do Sindicato Estadual de Profissionais da Educação saíram do encontro com a promessa da tentativa de uma nova reunião com o vice-governador Luiz Fernando Pezão. Os professores querem discutir a pauta de melhorias para a educação.

O deputado André Corrêa, no entanto, negou qualquer compromisso com a categoria e disse que dificilmente alguma discussão será iniciada sem que a greve acabe.

O parlamentar afirmou ainda que a negociação para o aumento de salário dos profissionais pode acontecer apenas em 2014.

Os professores continuaram em vigília em frente a ALERJ até conseguirem uma audiência com Pezão.
fonte:band.com.br

No RS Professores grevistas decidem pelo fim da paralisação

Os professores da rede pública estadual gaúcha decidiram, em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (13), pelo fim da paralisação. A notícia foi anunciada pela presidente do Cpers/Sindicatos dos Professores, Rejane de Oliveira. Reunidos no Largo Zumbi dos Palmares, no Centro de Porto Alegre, os grevistas devem continuar, ainda assim, pressionado o governo do Estado por suas reivindicações.

A greve foi iniciada ainda no final de agosto, mas foi de pouca adesão no Estado. Entre as exigências da categoria estão o cumprimento, por parte do governo do Estado, do piso salarial dos professores e a manutenção dos planos de carreira.

Ontem, o Cpers apresentou ao governo do Estado uma proposta de Projeto de Lei que institui um sistema de auxílio-alimentação no âmbito da administração direta e das autarquias. O vale-refeição é um dos pontos da pauta de reivindicações dos professores.

Na terça-feira (10), em novo ato de protesto, os professores grevistas e a Comissão de Educação do grupo Bloco de Lutas ocuparam a sala da presidência da Assembleia Legislativa, desocupada no dia seguinte. 

Segundo o Sindicato, haverá uma nova audiência para tratar dos protestos do magistério gaúcho no próximo dia 23.

fonte: jcrs.uol.com.br

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