domingo, 5 de setembro de 2010

Petroleiros fazem paralisação e prometem greve geral unificada para 14 de setembro

Paralisações demonstram disposição e garra da categoria em lutar por reajuste salarial e reposição das perdas

Petroleiros de todo país mostraram sua força e disposição para defender a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2010. A categoria realizou nesta quarta-feira (3), paralisações em refinarias, plataformas e terminais de todo território nacional dando sua resposta à proposta rebaixada apresentada pela Petrobrás.

Nas bases da FNP (Federação Nacional dos Petroleiros) houve adesão ampla dos trabalhadores. A paralisação também ocorreu nas bases da FUP (Federação Única dos Petroleiros) com intensa participação e determinação da categoria em lutar por um acordo digno.

Para o diretor da FNP, Clarkson Nascimento, a paralisação desta sexta-feira demonstra disposição dos petroleiros. “As paralisações de hoje refletiram nacionalmente a nossa garra em brigar pela pauta reivindicatória, agora iremos preparar à greve nacional do dia 14, caso a empresa não apresente uma proposta que contemple os anseios da categoria”, disse.

Paralisações pelo país - Em Sergipe e Alagoas, os trabalhadores cruzaram os braços com adesão de 65% em algumas bases chegando a 95% em outras.

Nos estados do Pará, Amazonas e Amapá, os petroleiros demonstraram sua disposição de luta.

No administrativo de Manaus e no PEA (Porto Encontro das Águas), foram realizadas paralisações de duas horas. Já no Porto Urucu (AM), os trabalhadores pararam por quatro horas.

Em São Luiz (MA), os petroleiros cruzaram os braços por uma hora e meia. Em Belém (PA), a categoria parou por quatro horas e, no administrativo, por três horas.

Em São José dos Campos (SP) foram realizadas assembleias com os petroleiros com atrasos de uma hora na troca de turnos.

Na Baixada Santista (SP), na Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (RPBC), a paralisação contou com a adesão de mais de 90% dos petroleiros que operam em regime de turno e administrativo. Nos terminais de Pilões e Alemoa, trabalhadores realizaram paralisações nas trocas de turno, e administritivo com a participação dos terceirizados. Em São Sebastião (litoral norte de SP), no Tebar (Terminal Almirante Barroso), houve adesão de 100% do turno e de 80% do administrativo, já na Unidade UTGCA (Tratamento e Gás de Caraguatatuba), a mobilização foi feita por mais de 90% dos petroleiros. A Plataforma de Mexilhão também encampou as paralisações. Os petroleiros embarcados não emitiram PTs (permissões de trabalho) e adotaram Operação Padrão entre as 7 e 15 horas desta sexta-feira (03/09).

No Rio de Janeiro, as mobilizações ocorreram em diversas plataformas. No TABG (Terminal Aquoviário da Baía da Guanabara), houve prejuízos significativos na troca do turno da manhã, com 80% de adesão. Na manutenção também houve adesão de 80% dos trabalhadores. No Centro de Pesquisas da Petrobrás (Cenpes), a manifestação foi na entrada do expediente.

Na Bacia de Campos (RJ), no terminal de Cabiúnas, também houve paralisação, assim como nas unidades de Taquipe, Miranga, Santiago, Bálsamo, Araçás e Buracica. Algumas com 90% de adesão e outras com 100%. A paralisação se prolongou até o final do dia, por este motivo, a paralisação atingiu também as atividades de sondagem, produção e perfuração.

Os petroleiros fortalecem a cada dia sua campanha. No dia 25 agosto a categoria realizou um dia de paralisações e nesta sexta-feira novamente se mobilizaram. Estes fatos indicam a unidade destes trabalhadores para consolidarem e unificarem suas lutas rumo à vitória.

Fontes: informações da Agência Nacional de Petroleiros, Sindipetro-LP e Boletim do Sindpetro PA/AM/MA/AP - conlutas.org.br

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