quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Greve geral paralisa transporte e serviços públicos em Portugal

A greve geral contra as medidas anticrise do Governo português conseguiu nesta quarta-feira paralisar o transporte e inúmeros serviços públicos no país, com alta adesão nas grandes empresas e fábricas.

Segundo as informações dos sindicatos e a imprensa, em ambos os setores, o de transportes, com o espaço aéreo praticamente fechado, e o da Administração, a greve contra a política econômica do primeiro-ministro, José Sócrates, tem adesão majoritária.

O Governo, que ainda não fez estimativas sobre a repercussão geral da paralisação, só calculou os números do setor sanitário, cuja incidência da greve seria de 40%.

Ao apresentar o dado, o secretário de Estado da Administração Pública, Gonçalo Castilho, disse à imprensa portuguesa que espera "civismo e respeito" durante o protesto, no qual por enquanto só foram registrados confrontos entre a Polícia e piquetes em um escritório dos Correios de Lisboa e em uma estação de trem.

Castilho afirmou que estima que a incidência da greve não será maior do que em outras ocasiões, apesar desta ser a primeira vez em 22 anos que os dois maiores sindicatos do país, a Confederação Geral de Trabalhadores de Portugal (CGTP, comunista) e a União Geral de Trabalhadores (UGT, socialista), organizaram uma manifestação conjunta.

Os dirigentes de ambas centrais se declararam muito satisfeitos pela adesão ao protesto, especialmente no transporte público.

Embora os meios de comunicação, o comércio e os escritórios e empresas de serviços de Lisboa, Porto e outras grandes cidades do país continuem funcionando, muitas pessoas não conseguiram chegar ao local de trabalho por não contarem com outro meio de transporte além do táxi.

A paralisação teve um impacto maior nos aeroportos que, segundo porta-vozes oficiais disseram à Agência Efe, interromperam todas as atividades e cancelaram centenas de voos nacionais e internacionais que operam diariamente no território.

Durante a madrugada, a coleta de lixo também foi afetada em todo o país e os porta-vozes da CGTP e da UGT declararam que a participação na greve "ultrapassa" as expectativas.

Nas grandes fábricas, como a da Volkswagen Autoeuropa, que tem cerca de 9 mil funcionários e fica a 30 quilômetros de Lisboa, e os estaleiros navais de Viana do Castelo, os maiores do país, a paralisação era total.

O secretário-geral da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, e o da UGT, João Proença, expressaram seu desejo de que o protesto dos trabalhadores portugueses obrigue o Governo a mudar sua política econômica.

Sócrates aplicou neste ano um severo plano de austeridade, com aumento de impostos, congelamento de pensões, redução de salários e corte de investimentos públicos para reduzir o déficit fiscal de 9,3% para 4,6% em 2011.

fonte:
http://br.noticias.yahoo.com/s/24112010/40/economia-greve-geral-paralisa-transporte-servicos.html

Imagens da Greve:

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