quinta-feira, 31 de maio de 2012

Motoristas de Ribeirão Preto (SP) e Florianópolis (SC) enceram greves.


Assembleia de motoristas define se greve de ônibus continua em Ribeirão

Os motoristas de ônibus de Ribeirão Preto vão fazer uma assembleia às 5h da manhã desta quinta-feira para definir se acaba ou não a greve do transporte público da cidade.

A informação é do presidente do Seeturp (Sindicato dos Empregados das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Ribeirão Preto), João Henrique Bueno.

Segundo ele, a tendência é que a paralisação acabe após Justiça definir em 7% o aumento salarial dos motoristas e funcionários em audiência no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), em Campinas.

Os trabalhadores pediam 15% de aumento e as empresas ofertaram 6,3%. Foi a maior proposta antes de o sindicato decretar a greve geral.

Na segunda-feira, primeiro dia de greve, 100% dos ônibus ficaram nas garagens. Na terça, apenas 30% circulou. Já nesta manhã, com a audiência marcada, 40% das linhas rodaram normalmente.

Antes da declaração de Bueno, o diretor do Seeturp Noel Mendes Araújo havia dito à Folha que a greve já tinha acabado.

O presidente do sindicato afirmou, no entanto, que só a assembleia desta quinta-feira poderá decretar ou não o fim da greve. A posição da entidade, porém, segundo Bueno, é pelo fim da paralisação.

A reportagem da Folha tentou contato por telefone com o sindicato das empresas (Rápido D'Oeste, Turb e Transcorp), mas ninguém atendeu.

Após três dias, termina greve de ônibus em Florianópolis

Depois de três dias parados, motoristas e cobradores da região metropolitana de Florianópolis decidiram encerrar a greve, que afetou cerca de 400 mil pessoas.

Em assembleia realizada na noite desta quarta-feira, os grevistas votaram a favor da proposta conciliatória elaborada pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho) e pelo Setuf (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis).

A principal reivindicação da categoria, que era a redução da jornada de trabalho de 6 horas e 40 minutos para 6 horas, não foi atendida. Os trabalhadores conseguiram a diminuição de 10 minutos agora e outros 10 minutos em maio de 2013.

"Ano que vem, podemos voltar a pedir 6 horas", diz o secretário de comunicação do Sintraturb (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano), Antônio Carlos Martins.

O movimento também conseguiu aumento do vale-refeição de R$ 380 para R$ 420, reposição dos 4,88% do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e ganho real de 2%. Além disso, garantiu que não haverá desconto no salário dos grevistas ou compensação dos dias não trabalhados e demissões de funcionários envolvidos na paralisação.

Os ônibus devem voltar a circular normalmente a partir das 5h desta quinta-feira.

TRANSTORNOS E CARONA

Os dias de greve foram marcados por dificuldades de locomoção e prejuízos no comércio. Em todas as áreas da cidade, houve longos congestionamentos.

Vans contratadas pela Prefeitura de Florianópolis para transportar passageiros por até R$ 5 chegaram a cobrar R$ 10. O Ministério Público de Santa Catarina abriu inquérito para apurar abusos.

Donos de estabelecimentos comerciais tiveram de usar veículos próprios para buscar funcionários em casa ou pagar táxis.

Mas a ausência de transporte público regular também instigou a criatividade de alguns moradores da Ilha. No Facebook, foi criado o grupo ªCarona Floripaº, que está com 23 mil membros e pretende continuar funcionando mesmo com o fim da greve.
fonte: folhasp.com.br

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