sexta-feira, 1 de junho de 2012

Greve no porto de Santos enfraquece, mas não acaba

Uma liminar contra a greve dos estivadores, obtida pelo MPT (Ministério Público do Trabalho), enfraqueceu o movimento no porto de Santos. A categoria não cumpriu, pelo menos até a tarde desta quinta-feira, os 70% da força de trabalho exigidos pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de São Paulo.

Uma parte dos estivadores --que trabalha dentro do navio-- e da capatazia --que trabalham em terra-- tentou boicotar a escala de trabalho das 13h.

O OGMO (Órgão Gestor de Mão de Obra), o RH do porto, apresentou 588 requisições para o trabalho no cais e nos navios às 13h, mas conseguiu escalar apenas 196 trabalhadores avulsos. Na primeira requisição do dia, às 6h, das 586 requisições, 301 foram atendidas.

Segundo Glaucio Araújo de Oliveira, procurador do trabalho e coordenador nacional do trabalho portuário, os sindicatos tentaram atrapalhar o engajamento de trabalhadores nos postos de recrutamento do OGMO no porto. A operação teria dado resultado, já que menos do que os 70% dos trabalhadores exigidos pela liminar se engajaram nas ofertas feitas pelos terminais portuários.

Segundo o procurador, a disputa não tem relação com as 11 horas de descanso entre jornadas exigidas pelo Ministério Público. "Essa é uma questão lateral", disse e completa: "O que ocorre no porto é uma disputa por poder. Os sindicatos não querem perder o direito de indicar pessoas ligadas à entidade aos melhores postos de trabalho. O que ocorre agora é que essas escalas são feitas de forma eletrônica, sem a ingerência do sindicato. No fundo é essa a briga", diz Oliveira.

fonte: folhasp.com.br

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