sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Metalúrgicos seguem com paralisações pulverizadas em São Paulo


As paralisações dos metalúrgicos filiados à CUT (Central Única dos Trabalhadores), em campanha salarial, estão pulverizadas pelo Estado de São Paulo. De acordo com a FEM (Federação dos Metalúrgicos), que negocia por 14 sindicatos, há casos de empresas onde os trabalhadores estão fazendo protestos; em outras, há atraso na jornada ou até mesmo paralisação geral por algumas horas.

Entre os 250 mil metalúrgicos representados pela CUT no Estado, com data-base em 1º de setembro, 202,5 mil ainda estão em negociação.

Cerca de 4.000 fecharam acordo com o grupo patronal e os outros 43,5 mil trabalham nas montadoras que fecharam acordo válido por dois anos no ano passado, garantindo 5% de ganho real no período.

O índice de reajuste reivindicado pelos metalúrgicos para os demais grupos de trabalhadores em negociação é de 8%, o que representa cerca de 2,5% de aumento real. Apenas o setor patronal do grupo de Fundição já apresentou a proposta pedida pelos metalúrgicos --são 4.000 trabalhadores representados nesse grupo.

Na terça-feira (18), o setor patronal do Grupo 3, que representa 51 mil metalúrgicos do segmento de autopeças, forjaria e parafusos, apresentou proposta de reajuste de 7% para os trabalhadores, que também foi negada.

De acordo com a FEM, não serão fechados acordos com índices menores que 8%.

Além da proposta do Grupo 3, os metalúrgicos cutistas já rejeitaram proposições de outros quatro grupos.

No Grupo 2, o setor patronal ofereceu 6% de reajuste (75,5 mil trabalhadores de máquinas e eletrônicos); a proposta foi de 7% no Grupo 8 (36 mil metalúrgicos que trabalham em trefilação, laminação de metais ferrosos, refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros); de 6,5% no Grupo 10 (35 mil metalúrgicos que trabalham nos segmentos de lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação e material bélico); e de 7% para Estamparia (5 mil trabalhadores).

Em razão das dificuldades nas negociações e impulsionadas pelo avanço das paralisações nesta semana, algumas empresas começaram a fechar acordos garantindo o 8% de reajuste para os seus trabalhadores em todo o Estado.

Segundo levantamento do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, até a noite de ontem, 98 empresas já tinham fechado acordos diretamente com o sindicato, válidos para 28,4 mil dos 70 mil em campanha salarial neste ano --outros 1.200 metalúrgicos no ABC do grupo de fundição fecharam acordo em negociação com o setor patronal.

Apesar de os trabalhadores das montadoras não estarem em campanha, o secretário-geral dos metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, disse que o sindicato não descarta paralisações nas montadoras, caso a greve se estenda e os demais grupos não consigam fechar acordos que garantam os 8% de reajuste salarial. De acordo com a FEM-CUT, não estão previstas negociações com os setores patronais para esta sexta-feira.

fonte: folhasp.com.br

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