Com o avanço das negociações, os trabalhadores bancários devem encerrar a greve da categoria nesta quarta-feira (26).
Assembleias ocorrem em todo território nacional, em 137 sindicatos, a partir das 18h. A orientação da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), que reúne os sindicatos da categoria, é de encerrar a paralisação, posição que deve ser referendada pelos sindicatos locais.
Bancos fazem nova proposta e comanda recomenda fim da greve
Bancários fecham 9092 agências no 4º dia de greve
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Na terça-feira (25), oitavo dia de greve, a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) avaliou a nova proposta de reajuste salarial da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e recomendou a aceitação dos novos termos.
A entidade patronal aumentou a proposta de reajuste para 7,5%, com 8,5% de aumento do piso salarial e dos auxílios para refeição e alimentação, além de um aumento na PLR (Participação nos Lucros e Rendimentos) fixa de 10%.
Com a nova proposta, o aumento passa para 2% no caso dos salários e de cerca de 3% no caso do piso da categoria.
A parcela fixa da PLR passou para R$ 1.540 fixos, sendo que ela é acrescida a 90% do salário do trabalhador. Somados os dois valores, o teto passaria a ser de R$ 8.414,34 (reajuste de 10%). Além disso, a PLR adicional passaria a ter um teto de R$ 3.080, também 10% superior.
Também foram aprovadas as propostas específicas para os trabalhadores da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil.
No caso da Caixa, o Contraf-CUT avaliou que houve avanços importantes, como a maior participação nos lucros, a contratação de 7.000 trabalhadores até 2013, a ampliação da concessão de bolsas de estudos e a concessão de seis horas por mês para estudar na Universidade Caixa durante a jornada de trabalho.
A proposta do Banco do Brasil também foi considerada satisfatória, com conquistas como a definição de data para implantar quadro de funções comissionadas com jornada de seis horas, a adesão do banco à cláusula de combate ao assédio moral de convenção coletiva assinada com a Fenaban e o novo piso após estágio probatório de 90 dias de R$ 1.948.
NOVE DIAS PARADOS
Os bancários deflagraram a greve nacional no dia 18 de setembro, depois de rejeitarem a proposta anterior dos bancos, de 6% de reajuste sobre todas as verbas salariais.
A greve ganhou força durante a semana passada. Enquanto a adesão foi de 5.132 agências e centros administrativos (24% das 21.713 localidades em todo o país) no primeiro dia de paralisação, esse número cresceu 77% e chegou 9.092 locais (42%) no 4º dia de greve, segundo o sindicato da categoria.
Após tentativas frustradas de negociação e acusações de que os bancos estariam sendo omissos, os representantes da categoria consideraram as propostas feitas na terça-feira (26) satisfatórias e recomendaram o fim da paralisação.
A previsão, agora, é que os bancários voltem ao trabalho a partir de quinta-feira (27).
Os bancários reivindicavam reajuste de 10,25% (5% de aumento real), além de piso salarial de R$ 2.416,38, participação de lucros de três salários mais R$ 4.961,25 fixos, elevação para R$ 622 os valores do auxílio-refeição, entre outros pedidos.
Os bancos ofereciam apenas reajuste linear de 6% (0,58% acima da inflação), aumentado posteriormente para 7,5%. Também concordaram em ampliar as concessões em relação a benefícios e pisos salariais.
fonte: folhasp.com.br
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