quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Atletas voltam aos treinos e sindicato denuncia Juventude por "trabalho escravo"

O grupo de jogadores do Juventude entrou de greve na tarde desta terça-feira por falta do pagamento dos últimos dois meses. Os atletas se reuniram no vestiário e decidiram nem participar do treinamento

A greve dos jogadores do Juventude terminou na manhã desta quarta-feira quando retomaram os treinamentos no estádio Alfredo Jaconi. Após reunião com a direção, ficou esclarecido como será feito o pagamento dos dois meses de salários atrasados e o elenco decidiu encerrar o protesto. No entanto, o Sindicato dos Empregados de Clubes Esportivos e Federações Esportivas do Rio Grande do Sul denunciou o clube por "trabalho escravo".

 “Esse assunto está encerrado. Passaram as informações que queríamos. Quem está falando sobre esse assunto é o Barroso [superintendente de futebol, Alexandre Barroso]. [...] A decisão foi de todos do grupo. Fizemos e agora o foco é totalmente para o jogo do final de semana, que é importante para o clube e para os jogadores. [...] Que eu saiba, não teremos mais nenhuma reunião com a direção”, declarou o centroavante Zulu em entrevista à Rádio Caxias.

O elenco alviverde volta aos trabalhos na tarde desta quarta-feira para seguir a preparação para a partida contra Ypiranga, de Erechim, válida pela primeira rodada das quartas de final da Copa Federação Gaúcha de Futebol. Competição que dará a única vaga destinada ao Rio Grande do Sul para a disputa da Série D do Brasileiro em 2013. O jogo está marcado para sábado, às 17h, no estádio Alfredo Jaconi.

SECEFERGS denuncia presidente do Juventude por “trabalho escravo”

O Sindicato dos Empregados de Clubes Esportivos e Federações Esportivas do Rio Grande do Sul presentou denúncia ao Ministério do Trabalho e Emprego de Caxias do Sul contra o presidente do Juventude Raimundo Manoel Demore. O SECEFERGS quer que o MTE fiscalize o clube alegando que a agremiação estaria aplicando aos trabalhadores o regime de "trabalho escravo" por falta de pagamento de salários há dois meses.

O sindicato alega também que o Juventude exige que os trabalhadores façam uma carga horária de 10 e 14 horas por dia, sem o pagamento de horas extras. Além de não recolher o FGTS, a previdência social descontada dos trabalhadores e o imposto sindical. O auditor fiscal e gerente do Ministério do Trabalho, Vanius João de Araujo Corte, deve se reunir na tarde desta quarta-feira com a direção do Juventude para apurar se a denúncia procede e tomar as devidas providências. Caso elas sejam comprovadas, o patrimônio do clube pode ser penhorado, como prevê a legislação.

fonte: uol.com

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