terça-feira, 9 de outubro de 2012

Obra é paralisada em um dos canteiros de Belo Monte por protesto.


Manifestação ocorre pelo ‘descumprimento dos acordos firmados pela Norte Energia depois da última ocupação da ensecadeira, entre junho e julho deste ano’, segundo o Xingu Vivo.

As obras em um dos canteiros da usina hidrelétrica Belo Monte estão paralisadas desde o final da segunda-feira diante da ocupação de indígenas e representantes de movimentos sociais, segundo informações do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) e da Norte Energia.

A ocupação ocorre pelo "descumprimento dos acordos firmados pela Norte Energia depois da última ocupação da ensecadeira, entre junho e julho deste ano", segundo o movimento Xingu Vivo.

Cerca de 80 manifestantes ocuparam área no canteiro Sítio Pimental no final da tarde da segunda-feira, provocando a paralisação da obra no local, "por questões de segurança", segundo a assessoria de imprensa do CCBM.

A Norte Energia disse que ingressará na comarca de Altamira com ação que visa à reintegração de posse do canteiro ocupado.

A representante do Xingu Vivo, Maira Irigaray, afirmou à Reuters, por telefone, que cerca de 150 manifestantes já se encontram no local. Entre eles estão indígenas das etnias Xipaia, Kuruaia, Parakanã, Arara do rio Irir, Juruna e Assurini.

A Norte Energia disse até o momento não foi apresentada qualquer reivindicação ou justificativa pela invasão. "Observa-se que a ação é premeditada", afirmou a Norte Energia, em nota.

Os indígenas tomaram as chaves de caminhões e tratores na ensecadeira durante a ocupação e os trabalhadores tiveram que deixar o local a pé, segundo nota do Xingu Vivo. A Norte Energia disse que durante a ocupação um motorista do CCBM foi ferido e alguns operários foram mantidos como reféns, mas liberados horas depois.

Cerca de 2,5 mil trabalhadores atuam no sítio Pimental, do total de 15 mil em toda obra da usina, segundo o CCBM.

A usina hidrelétrica Belo Monte é alvo de manifestações desde o início dos estudos para sua construção e já sofreu diversas paralisações neste ano por ocupação de áreas pelos indígenas e por greve de trabalhadores.

A hidrelétrica, que está sendo construída no rio Xingu, em Altamira (PA), tem previsão de entrar em operação em 2015 e terá 11,2 mil MW de potência instalada quando estiver finalizada.

fonte: estadao.com.br

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