sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Sem salário, funcionários da Poliedro no DF decidem entrar em greve


Funcionários da Poliedro Informática decidiram cruzar os braços a partir da próxima terça-feira, 23/10, caso até lá não recebam salários e direitos trabalhistas em atraso – pelo menos parte dos cerca de 400 empregados receberam apenas metade do vencimento pago no início do mês passado. 

Com 66 empregados, a assembleia realizada nesta sexta, 19, foi marcada por depoimentos daqueles que estão sem receber e sem perspectiva formal de serem pagos. Além de temores de que a Poliedro Informática estaria em processo de falência. 

De certa forma, o temor foi alimentado pela proposta do escritório de advocacia contratado pelo sindicato de trabalhadores de informática (SINDPD-DF), que sugeriu o ingresso de uma ação de rescisão indireta – pelo qual os empregados pedem demissão, mas levam os direitos trabalhistas. 

Esse clima prevaleceu na decisão, por 42 votos, de paralisação a partir da próxima terça. Outra proposta, que teve apenas 22 votos, previa aguardar por uma semana a nova promessa da direção da empresa e, caso não cumprida, greve a partir da próxima data de vencimento. 

“A presidente da Poliedro, Suely Nakao, esteve ontem no sindicato e prometeu que os pagamentos seriam feitos até o dia 26. Ela também nos apresentou certidões negativas e afirmou que essa questão da falência não passa de boato”, afirmou o diretor do SINDPD-DF, Claudinei Pimentel. 

Mas os empregados preferiram não aguardar, sob argumentos de que a nova promessa não foi formalizada por escrito e que a questão dos atrasados vem se arrastando sem solução. Acuado com as afirmações de que estaria “empurrando o problema para dar mais tempo à Poliedro”, o sindicato concordou com a greve. 

Na próxima quarta-feira, no entanto, está marcada uma nova audiência sobre um dos processos que correm na Justiça do Trabalho sobre o atraso nos pagamentos – até aqui já são três ações semelhantes. Em uma das audiências anteriores, a empresa prometeu regularizar a situação, mas novos pagamentos não vieram. 

À Justiça, a Poliedro alegou perda de contratos – teria contratos ativos com apenas quatro órgãos federais: Ministério da Educação, FNDE e as agências nacionais de Energia Elétrica (Aneel) e de Aviação Civil (Anac). Na assembleia, no entanto, havia também funcionários atuantes na Agência Nacional de Águas e no Ministério da Previdência Social. 

fonte: http://convergenciadigital.uol.com.br

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