terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Ano encerra com demissão em massa no Santander, WebJet e Vulcabrás Azaléia


Para muitas famílias, este final de ano não será de festas e presentes de Natal. O ano encerra com uma onda de demissões em massa em algumas empresas. O Santander, sem querer divulgar os números, deve chegar a 5 mil demissões.  A WebJet, após sua compra pela companhia aérea Gol, demitiu 2.850 funcionários. Além dessas, a Vulcabrás Azaléia anunciou o fechamento de 12 fábricas e de 4 mil postos de trabalho.

WebJet – No caso da Webjet, o  juiz Bruno de Paula Manzini, da 23ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, determinou, em decisão liminar proferida nessa quinta-feira (6), que a Gol Linhas Aéreas reintegre 850 funcionários que eram da Webjet e foram demitidos da companhia aérea em novembro passado. O pedido de liminar foi feito pelo Ministério Público do Trabalho do Rio (MPT).

Com a decisão, a Gol terá que manter os funcionários da Webjet em seus quadros até que seja julgado o mérito da ação que contesta as demissões.

Na decisão, o juiz considerou que a Gol não cumpriu as condicionantes do termo de compromisso para que o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica, autarquia federal) autorizasse a fusão das empresas. Segundo o magistrado, a Gol comprometeu-se a não demitir os funcionários da Webjet.

Santander – O banco evita falar em números, mas há indicativos que as demissões podem chegar a cinco mil funcionários até o Natal.

O pior de tudo é que a maioria dessas demissões atinge trabalhadores com mais de 20 anos de banco, que estão prestes a se aposentar e, além disso, que apresentam sintomas de doenças causadas por esforços repetitivos (LER / Dort).

Não é que o Santander esteja mal no Brasil. É exatamente o contrário. Está tão bem, que a filial brasileira está sustentando a matriz espanhola. De janeiro a setembro, o banco lucrou aqui no Brasil R$ 5,7 bilhões, o que representa 25% do lucro mundial. Ou seja: o Santander toma o dinheiro dos trabalhadores no Brasil (e dos clientes, já que as taxas são altíssimas) e manda pra sua sede, na Espanha.

Vulcabras Azaleia – O fechamento de 12 unidades da Vulcabras Azaleia foi anunciado na última sexta-feira (7), e terá um impacto devastador na economia dos seis municípios-sede das fábricas na Bahia. Ao todo, foram quatro mil trabalhadores demitidos.

Na pequena Firmino Alves, na microrregião de Itabuna, o fechamento da fábrica deixará desempregada cerca de 80% da mão de obra formal da cidade. Segundo dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), do Ministério do Trabalho, Firmino Alves tem 693 empregos formais, dos quais 570 estão na unidade da Azaleia.

Em Itororó, também na região de Itapetinga, o impacto na mercado formal é da ordem de 60%. Dos 2.068 empregos formais, 1.242 estão na indústria calçadista.

A situação não é diferente em outras cidades como Caatiba, Itambé, Macarani, cujas economias estão fortemente calcadas na produção de calçados.

fonte: cspconlutas.org.br

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