Os 10 mil operários das empreiteiras do polo industrial de Cubatão e cidades vizinhas entram hoje, quarta-feira (15), em seu oitavo dia útil de greve, conforme decisão de assembleia agora de manhã.
Como as empresas não apresentaram contraproposta, eles rejeitaram a mesma que já haviam recusado na segunda-feira (13) e ontem, terça (14).
Na expectativa de negociação com o Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial, a categoria participará de assembleia, às 8 horas de amanhã, quinta (16).
O Sintracomos reivindica correção salarial de 12%, vale alimentação de R$ 18 e participação nos lucros ou resultados (plr) equivalente a um salário base mais 30%.
Outra reivindicação “importante”, segundo o presidente do sindicato, Macaé Marcos Braz de Oliveira, é o pagamento dos dias parados, “causados pela intransigência patronal”.
As empresas oferecem reajuste de 9%, R$ 17 de vale alimentação, ‘plr’ de 1,3 salário nominal e salário hora de R$ 8,01 para os eletricistas montadores.
Apesar de não afetar diretamente a produção de indústrias como a refinaria da Petrobras (RPBC), Vale Fertilizantes, Bunge e outras, a greve compromete a manutenção dos equipamentos.
“Com o tempo”, explica Macaé, “as máquinas vão sentindo os efeitos da paralisação. A indústria, inclusive a estatal, sofre os efeitos da irresponsabilidade das empreiteiras”.
O sindicalista tem uma explicação para as seguidas rejeições de contrapropostas pelas assembleias: “Os companheiros são tratados no chicote, como escravos, o ano inteiro”.
“Quando chega a data-base”, prossegue Macaé, “eles se vingam da estupidez. É isso que nossos advogados tentarão mostrar à Justiça do Trabalho, em caso de julgamento da greve”.
Segundo Macaé, “além das péssimas condições de trabalho, que vão desde a falta de água para banho, após a jornada de trabalho, até atrasos de pagamentos e benefícios, tem a arrogância patronal”.
fonte: fsindical.org.br
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