Policiais civis de Minas Gerais iniciaram nesta segunda-feira (10) uma greve parcial para exigir mudanças no texto da lei orgânica da categoria em tramitação na Assembleia Legislativa do Estado. A lei trata da carreira dos servidores da Polícia Civil.
O governo de Minas ainda não fez um balanço da greve em todo o Estado. Em Belo Horizonte, contudo, segundo a assessoria da Polícia Civil, 20 das 24 unidades da corporação funcionam normalmente. Em quatro, é mantida a escala mínima de 30%, conforme a lei. O sindicato dos policiais ainda não fez um balanço.
No começo da tarde desta segunda, cerca de 200 grevistas se reuniram no saguão do prédio do Legislativo para uma assembleia. Em seguida, por volta das 15h30, saíram em passeata até o centro da cidade, monitorados por policiais militares.
A greve foi decidida em assembleia no último dia 24, mas depois disso algumas exigências dos policiais foram atendidas. Mesmo assim, a greve foi mantida pelo sindicato da categoria.
Entre as exigências atendidas estão a tramitação em separado do código disciplinar e a possibilidade de os policiais apresentarem texto propondo alterações na lei orgânica.
Esse texto deverá ser entregue na Assembleia Legislativa na próxima quinta-feira, conforme acordo feito com uma representação de deputados da situação e da oposição e o sindicato na sexta-feira (7).
A greve não é por motivos salariais. O que está em discussão é a alteração da lei orgânica da Polícia Civil, que substituirá a lei atual, de 1969. Entre os pontos reclamados pelos policiais e acordados com o governo para se tentar um entendimento estão a ampliação do quadro de servidores da Polícia Civil, garantia de autonomia da perícia investigativa e retirada dos dispositivos que tratam do estatuto disciplinar.
Uma das reivindicações dos policiais é que sejam abertos concursos para todos os cargos. Por enquanto, a Polícia Civil prevê aumentar as vagas apenas para delegados e peritos, mas o número de vagas ainda não está definido.
fonte: folhasp.com.br
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