quinta-feira, 18 de julho de 2013

Após rejeitar proposta da CPFL, trabalhadores aprovam estado de greve

Iniciando a manhã em greve, conforme decisão das assembleias e mobilização realizadas no último dia 11, os trabalhadores da CPFL participaram nesta terça-feira (16) de assembleias deliberativas e decidiriam rejeitar a proposta da empresa e transformar a greve por tempo indeterminado em estado de greve até a próxima rodada, marcada para a segunda-feira, dia 22 de julho.
Tudo porque, já na sexta rodada de negociação, ocorrida na segunda (15), a direção da CPFL apareceu na reunião, mas não disse a que veio, reafirmando a proposta econômica da rodada anterior, que já havia sido rejeitada: 6,5% de reajuste nos salários e benefícios e 7,5% no VA/VR.
Durante a rodada de negociação, o Sinergia CUT reafirmou sua posição, referendada pelos trabalhadores, de rejeição à proposta da empresa, já que não houve qualquer alteração.
O Sindicato lembrou também que foi realizado com êxito meio dia de mobilização no dia 11 de julho e que, na ocasião foi deliberado pelos trabalhadores greve por tempo indeterminado a partir desta terça (16) caso não houvesse avanços.
Pressionada, a CPFL retornou com uma nova agenda de negociação para o dia 22, às 9h00. O Sindicato deixou claro que, além da questão do reajuste, os trabalhadores reivindicam a discussão de outros pontos tais como:
- Revisão do valor da PLR 2012
- Retornar o pagamento da hora extra com 100% de acréscimos aos sábados
- Parcelamento de férias
- Contratação dos auxiliares de recuperação de energia
- Contratação dos auxiliares de atendimento
- A revisão da posição da empresa sobre o Plano de Cargos e Salários
Confira abaixo os principais pontos da proposta da empresa apresentada na sexta rodada e que já foi rejeitada:
·         Salários e benefícios: 6,5%,
·         VA e VR: 7,5%. Redução na tabela de participação dos trabalhadores no VA: de 8 para 5%. A empresa entende que 7,5% mais a redução da participação, daria um reflexo líquido de 10,8%.
·         PLR: manter o modelo atual, com metas adicionais e correção dos valores fixos pelo índice de reajuste de salários, mantendo os seguintes indicadores:
- Paulista/Piratininga – DEC, Compensações e Contas a receber. Essas metas serão regionalizadas para os trabalhadores operacionais e por CNPJ para os trabalhadores corporativos;
- Brasil – número de consumidores e quantidade de energia vendida;
- Geração – Disponibilidade de geração e um outro a ser definido.
Lembrando que o valor referente ao pagamento das metas de PLR das empresas é de R$ 300, que será corrigido pelo mesmo índice de correção do salário.
·         Organização Sindical: será concedido uma liberação sem prejuízo da remuneração e benefícios na proporção de 1 dirigente para cada 500 trabalhadores filiados na base territorial. Ainda terá uma liberação para as entidades sindicais que tiverem em seu quadro de associados, de 100 a 499 trabalhadores.
·         CNH: propõe criar uma política que terá em seu conteúdo o pagamento integral para alteração de categorias na CNHs desde que essa condição seja de interesse e necessidade da CPFL.
·         Política de Emprego: mantém o texto do acordo Vigente.
·         Menor Aprendiz: dar a possibilidade de optar entre VA e VR
·         Diálogo Social: desde que as entidades sindicais enviem com antecedência os pontos de pauta para as referidas reuniões, a CPFL manterá a clausula.
·         Organização dos Pisos salariais: conversar especificamente com cada Sindicato.
·         Requalificação Profissional: Retirar parágrafo “óbice regulatório”.
·         Política de Despesa de Viagem: quer retirar a Cláusula do ACT vigente, que diz que discutiria em até 90 dias após a assinatura do Acordo e apresentaria uma proposta para avaliação do Sindicato. Considera a cláusula cumprida.
·         Elaboração de uma estrutura de PCS: no ACT vigente a empresa se comprometeu a revisar a atual estrutura de cargos e salários. Quer retirar, porque considera a cláusula cumprida.

fonte: cut.org.br

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