sábado, 27 de julho de 2013

Greve na Eletrobrás continua forte e mostra a capacidade de luta da categoria

Os trabalhadores do Sistema Eletrobras continuam em greve em todas as empresas, ignorando dessa forma a estratégia da direção da Holding, que apelou para a via judicial para pressionar a categoria, e consequentemente terminar com um movimento que é vitorioso e forte em todas as bases. Essa opção pela judicialização do processo negocial, que não acontecia desde 1990, expõem a fragilidade da direção da empresa, que durante os três meses de negociação não conseguiu ter a capacidade de construir um acordo justo, que reconhecesse o valor do trabalhador do Sistema Eletrobras.

Essa greve por todas as circunstâncias que a envolve, já se tornou um marco para a categoria, e resgata os momentos históricos vividos por gerações que lutaram contra o autoritarismo dos anos 70 e 80, bem como, o período sombrio do neoliberalismo dos anos 90. Quis o destino que trabalhadores que vivenciaram estes período, somados a atual geração, estivessem juntos na mesma trincheira de luta, para buscar não somente um acordo digno, mas a defesa de uma Eletrobras forte, capaz de manter seu protagonismo, como a maior empresa estatal do setor elétrico no continente.

A Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) através do seu departamento jurídico está empenhada em garantir o direito à greve da categoria. Por isso, a orientação da Federação, do Coletivo e dos sindicatos é para que os trabalhadores se mantenham mobilizados. A greve continua e está sendo exitosa, já que resgatou a capacidade de unidade e o sentimento de que um acordo justo não está somente na mão das lideranças, mas também na disposição de luta de cada companheiro (a).

Os trabalhadores tem tido uma conduta de respeito durante todo período de greve. Sempre mantendo os serviços para a população dentro de uma total normalidade. Esse sempre foi o entendimento das direções sindicais. Após a liminar judicial de ontem, a orientação é para que se redobre ainda mais todas as precauções, principalmente em áreas essenciais.

A greve continua em todas as empresas e na terça-feira serão realizadas assembleias para discutir o resultado da audiência de conciliação no TST, dia 29, em Brasília. Lembre-se: Só conquista quem luta.

Falta dinheiro para o acordo, mas para advogados não.

A direção da Eletrobras tem reiterado durante as negociações que faltam recursos para atender a pauta dos trabalhadores, que o rombo nas finanças é muito grande, ou seja, não faltam argumentos. Porém, o CNE recebeu informações de que um escritório de advocacia foi contratado por cerca de 500 mil reais, para defender os interesses da Holding neste dissídio. Ora, companheiros, para esse tipo de gasto há dinheiro, assim como, há também para terceirizações em várias áreas, sem falar para o artigo 37.

A categoria gostaria que esses recursos fossem gastos na sua valorização. Pois são os trabalhadores do quadro próprio que se esforçam no dia a dia para o crescimento da Holding. E não pessoas que estão somente de passagem, sem compromisso com o futuro da empresa.
FNU ENTROU COM EMBARGO DE DECLARAÇÃO

A Federação Nacional dos Urbanitários através do seu departamento jurídico ingressou nesta quinta-feira com o Embargo de Declaração no Tribunal Superior do Trabalho. A medida jurídica visa resguardar o direito dos trabalhadores e dos sindicatos com relação à greve, ao solicitar mais esclarecimentos do TST sobre a decisão que concedeu a liminar à Eletrobras, exigindo a volta de 75% do quadro funcional.

Com relação a liminar concedida é fundamental esclarecer que não houve qualquer menção a abusividade da greve, não houve manifestação do TST sobre esse tema. Os informes passados pela Eletrobras para pressionar os trabalhadores são falsos. É importante esclarecer que o canal de negociação é apenas o sindicato, caso o trabalhador seja pressionado pelos seus superiores denuncie imediatamente. A empresa precisa parar com essa prática de ameaça.

FERIADO IMPEDE À NOTIFICAÇÃO DA FNU

No que diz respeito à notificação judicial das entidades, cabe ressaltar que em virtude do feriado dos dias 25 e 26 de julho, criados pela visita do Papa Francisco, ao Rio de Janeiro, a FNU não estará funcionando, portanto, estará impedida de ser notificada. Fato que deverá acontecer na segunda-feira, dia 29, quando será realizada a audiência de conciliação, em Brasília.

fonte: cut.org.br

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