terça-feira, 13 de agosto de 2013

Professores da rede estadual do RN entram em greve

Alunos da rede estadual de ensino do Rio Grande do Norte estão sem aulas desde a manhã desta segunda-feira (12), após deflagração da greve dos professores por tempo indeterminado. Na pauta de reivindicações da categoria estão pedidos de pagamentos de horas extras, da carga suplementar e de gratificações de diretores e de vice-diretores.

A categoria pede ainda remuneração de direitos funcionais, atualização da tabela salarial e encaminhamento do projeto de lei para promoção de docentes. Alguns professores recém-contratados reclamam que estão com os salários atrasados.

A presidente do Sinte (Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Rio Grande do Norte), Fátima Cardoso, afirmou que os professores tentaram negociar com o governo antes de entrar em greve. "Usamos todos os métodos de pressão, da denúncia social à ação na Justiça, mas este é um governo que nem respeita o sindicato, nem os servidores e muito menos respeita a Justiça, por isso tivemos que recorrer à greve", declarou.

Segundo o sindicato, cerca de 80% da categoria aderiu ao movimento, inclusive no interior. Os professores também dizem que a situação é caótica e que a rede estadual entrou em colapso. Um levantamento feito pela entidade apontou que 94% das escolas da rede estadual estão comprometidas por problemas como estrutura precária e falta de profissionais. Além disso, o estudo mostra que há um deficit de 1,5 mil professores.

O Governo do Estado informou que o ponto dos professores grevistas será cortado. A secretária de Educação do RN, Betânia Ramalho, criticou a postura dos representantes da categoria e afirmou que o Estado vai levar o caso à Justiça, pedindo a ilegalidade do movimento. O governo não falou a respeito da adesão da greve.

Em nota, o governo disse que a categoria não tem motivos concretos para paralisar as atividades e que a greve tem interesse político, tendo em vista uma recomendação do Ministério Público que determinou o retorno de 36 professores vinculados ao sindicato às salas de aula. Ainda pela nota, a Secretaria de Educação informou que, desde 2011, foram convocados 3.723 professores aprovados no concurso da área, o que ultrapassa o número de vagas abertas, que foi de 3,5 mil.

fonte: uol.com.br

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