quarta-feira, 19 de março de 2014

Trabalhadores do Consaúde entram em greve na quarta (19) no Vale do Ribeira - SP

Um dos resultados da entrega da Saúde Pública às Organizações Sociais OS's (ong's da saúde) é a precarização dos direitos trabalhistas. Abaixo matéria que denuncia o problema no interior de São Paulo.

Os trabalhadores do Consaúde (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ribeira) decretaram greve a partir de 19 de março. Em carta aberta, os trabalhadores comunicam a greve e pedem a solidariedade da população.

CARTA ABERTA

Os trabalhadores do CONSAÚDE informam que, a partir de 19 de março, estarão em GREVE por tempo indeterminado.

Em negociação com a nova direção do Consórcio desde sua posse, em outubro de 2013, não avançamos nas negociações que começaram em abril de 2013! Nossas reivindicações não foram atendidas, acumulando perdas salariais superiores a 35%!

Ao mesmo tempo, tornamos público os altos salários da diretoria do CONSAÚDE, reajustados em mais de 169%! E graças às denúncias, conseguimos que fossem reduzidos! Embora continuem fora da realidade financeira alegada pelo Consórcio, com a qual justificam a impossibilidade para conceder reajuste aos trabalhadores!!

O descaso para com os trabalhadores é antigo e chegou no seu limite. Em 2005, a Assembleia Legislativa de São Paulo denunciou os baixos salários no Consaúde e, ainda assim, o problema não foi resolvido!

As unidades de saúde, administradas pelo Consórcio são de extrema importância para a população do Vale do Ribeira.

Nossa luta é por melhores salários e condições de trabalho decentes e também por um atendimento digno e humanizado a você - um direito de todo cidadão.

Em defesa da saúde pública com qualidade para todos, contamos com sua compreensão e solidariedade.

Trabalhadores do Consaúde
 Março 2014

NOSSA PAUTA

- Reposição das perdas salariais de 35,55%
 - Vale alimentação no valor de R$ 31,00, com fim do teto
 salarial, e optativa se alimentação ou refeição
 - Reajuste do auxílio creche
 - Horas extras pagas 100% nos fins de semana e feriados
 - Licença maternidade de 6 meses
 - Plano de carreira, cargos e salários, conforme PCCS-SUS
 - Jornada máxima de 30 horas para todos, sem redução do
 salário
 - Banco de horas misto, ficando a critério do trabalhador
 escolher
 - 06 faltas abonadas, conforme direito dos trabalhadores do
 estado
 - Licença prêmio
 - Educação continuada
 - Saúde do trabalhador
 - Cumprimento da TAC
 - Gestão participativa e profissional
 - Política salarial: quinquênio, dissídio e piso (reajuste anual!)


fonte: cut.org.br

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