segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Greve Nacional dos Bancários continua na segunda.

“Com lucro de mais de R$ 21 bilhões só no primeiro semestre, os bancos não têm necessidade de economizar com a folha de pagamento e em redução de contratações...Só com que os bancos arrecadam com receita de prestação de serviços, dá para pagar uma folha de pagamento inteira e em alguns casos sobra mais metade. O fim da greve está na mão dos banqueiros, que tem todas as condições de atender às reivindicações dos bancários” (Juvandia Moreira, presidenta do Sindicatodos Bancários São Paulo e Região).

Na sexta (01/10), terceiro dia do movimento, bancários param concentrações do Bradesco, Santander, Itaú Unibanco e Banco do Brasil.

Em São Paulo, os bancários realizaram uma assembleia na sexta 1º de outubro para debater os rumos do movimento, mesmo dia em que foram fechados os principais centros administrativos de São Paulo, Osasco e região, além de 561 agências, com adesãode de mais de 32 mil bancários.


“A greve continua até que os banqueiros atendam às reivindicações da categoria e apresentem nova proposta com aumento real, PLR e piso maiores, além de melhorar as condições de trabalho, colocando um fim nas metas abusivas que são a causa principal do assédio moral”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “É importante que todos os bancários de todos os segmentos dos bancos fortaleçam a greve, nas agências, nos setores de retaguarda, nas concentrações. O aumento que for conquistado virá para todos. Então, todos têm de participar.”

A dirigente ressalta que as reivindicações da categoria são muito justas e foram construídas com a participação dos trabalhadores. “Os bancários responderam o que queriam em consultas, discutimos nacionalmente essas demandas e o que foi apresentado aos banqueiros há quase dois meses é o resultado das principais necessidades da categoria”, explica a dirigente. “Os banqueiros não podem ignorar o que precisam seus funcionários. Enquanto insistirem em negar nossas reivindicações, permaneceremos em greve.”

Uma nova assembleia será realizada na terça 5 para avaliar o movimento. A greve por tempo indeterminado foi aprovada por unanimidade por mais de dois mil trabalhadores em assembleia realizada na terça 28. A categoria rejeitou proposta da federação dos bancos (Fenaban) que previa apenas a reposição da inflação (4,29%).

No Brasil, 6.215 agências foram fechadas nos 26 Estados e no Distrito Federal, além de dezenas de centros administrativos de todos os bancos nas capitais, segundo dados enviados pelos sindicatos à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Trata-se de um crescimento de 27% em relação ao segundo dia, quando 4.895 agências foram paralisadas. O fortalecimento da greve é a sonora resposta dos bancários ao silêncio dos bancos”, avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Acompanhe maiores informações:
www.spbancarios.com.br/noticia.asp?c=15404

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