quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Tribunal superior do Trabalho garante o 'direito' das companhias aéreas. Greve dos Aeroviários tem que ser adiada!

Sindicatos anunciam suspensão da greve do setor aéreo
Os sindicatos nacionais dos aeroviários (funcionários que trabalham em terra) e dos aeronautas (pilotos e comissários) anunciaram no início da manhã desta quinta-feira (23) a suspensão temporária da greve prevista para ocorrer nos aeroportos do país.
Após assembleia realizada no início desta manhã na sede do Sindicato Nacional dos Aeronautas, em São Paulo, os trabalhadores do setor decidiram suspender a greve até o início de janeiro enquanto tentam derrubar as três liminares judiciais emitidas entre o final da noite de ontem e madrugada de hoje. O valor das multas chega a R$ 800 mil por dia.

Em uma das liminares, o presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministro Milton de Moura França, determina que sejam mantidos em atividade 80% dos funcionários das companhias aéreas entre esta quinta-feira (23) e o dia 2 de janeiro.

Na decisão, o ministro ressaltou que o direito de greve é garantido pela Constituição, mas que também "decorre de preceito constitucional que todos os cidadãos têm o direito de livre locomoção em todo o território nacional, por todos os meios de transportes disponíveis".

Neste momento, os funcionários do setor aéreo fazem uma passeata pelo saguão do aeroporto de Guarulhos.


Filas no Aeroporto de Guarulhos SP - Aeroviários dizem que mesmo sem greve os atrasos no Natal serão inevitáveis

GREVE

Com dissídio (negociação de reajuste salarial) marcado para dezembro, os sindicatos de aeroviários e aeronautas prometiam entrar em greve a partir desta quinta-feira.

As empresas ofereceram inicialmente um reajuste de 6,08% que representa apenas a inflação do período de acordo com o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).

Após reunião realizada na última terça-feira com o Ministério Público do Trabalho em Brasília, as empresas revisaram a proposta para 6,5%, mas não houve acordo.

O patamar ainda é bastante abaixo do percentual que os funcionários reivindicam, de 13% a 30%, dependendo da faixa salarial.

TST ordena que 80% dos funcionários das companhias aéreas trabalhem na greve
O presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministro Milton de Moura França, concedeu por volta das 20h30 desta quarta-feira, uma liminar (decisão provisória) determinando que sejam mantidos em atividade 80% dos funcionários das companhias aéreas entre esta quinta-feira (23) e o dia 2 de janeiro.
A decisão, que pretende debelar a greve anunciada por aeroviários (funcionários que trabalham em terra) e aeronautas (pilotos e comissários) para esta quinta, antevéspera de Natal, foi justificada pelo ministro "de forma a viabilizar o transporte aéreo em todo o território nacional".

Foi fixada multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento da decisão. A liminar atende ação movida procurador-geral do Trabalho, Otávio Brito Lopes.

Na decisão, o ministro ressalta que o direito de greve é garantido pela Constituição, mas afirma que também "decorre de preceito constitucional que todos os cidadãos têm o direito de livre locomoção em todo o território nacional, por todos os meios de transportes disponíveis".

França também afirma que o trabalho dos funcionários é atividade considerada essencial, daí o dever de assegurar o pleno atendimento da comunidade, ainda mais devido ao movimento ter sido deflagrado a dois dias do Natal.

Jobim diz que fracasso de negociações contra greve é culpa das companhias aéreas
Em carta endereçada nesta quarta-feira às companhias aéreas, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou que o fracasso das negociações com os aeronautas e os aeroviários se deve, principalmente, à "postura dos representantes do sindicato patronal" e que, se fosse outra a postura tomada, "poderíamos, a essa altura, estar a assegurar aos brasileiros a tranquilidade em relação a suas viagens".

fonte: www1.folha.uol.com.br/cotidiano/

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