quinta-feira, 2 de junho de 2011

Greve dos servidores de Joinville se intensifica

Municipais lotam Câmara Vereadores e cobram dos parlamentares compromisso de não votar nenhum projeto enquanto Prefeito não abrir negociação


A greve dos servidores públicos de Joinville continua. Mais uma vez os servidores mobilizados estiveram protestando pelos bairros da cidade. Na manhã desta terça-feira (31) os trabalhadores se reuniram no Paranaguamirim e fizeram um ato em frente à Escola Municipal Ada Sant’Anna da Silveira. Em seguida, os mais de 500 servidores saíram em passeata e se concentraram em frente à regional de obras do bairro.
A comunidade joinvilense mais uma vez recebeu o movimento grevista com apoio e solidariedade. Um dos objetivos do incursão ao bairro foi a coleta de assinaturas em documento popular que solicita à Prefeitura, a abertura de mesa de negociação com o SINSEJ. Muitos moradores acompanharam a passeata declarando seu apoio ao movimento.
Câmara lotada, pauta trancada!
A Câmara Vereadores esteve ocupada mais uma vez pelos servidores na tarde desta terça-feira. Desta vez o objetivo foi cobrar dos vereadores o compromisso de não votar nenhum projeto encaminhado pelo Executivo Municipal, trancando a pauta da Câmara de Vereadores, enquanto o Prefeito não abrir negociação com os servidores. Deu certo. Ao fim da sessão, os vereadores aprovaram apenas o requerimento da veredora Tânia Eberhardt, que solicitou uma audiência pública para a próxima segunda-feira, às 14h30min, para tratar do reajuste dos servidores. Assim, três projetos que estavam na pauta legislativa em regime de urgência, ficaram para amanhã, a data limite.
Conforme os vereadores decidiram, amanhã será tratado apenas do projeto de lei que repassa recursos a Associação da Creches Domiciliares (Ajocedi). Assim, expirado o limite de prazo para os projetos, eles trancam a pauta de votações e nada mais poderá ser votado nos próximos dias.
No início da sessão de hoje, os vereadores cederam seus minutos de palavra livre para o presidente de Sinsej, Ulrich Beathalter, que explanou sobre a sessão extraordinária da Comissão Legislação, que se deu ontem. Na reunião, o presidente da comissão, vereador Manoel Bento, após entrar em contato com o Prefeito, disse ter havido um erro no cáculo valor do reajuste que será concedido aos Agentes Comunitários de Saúde (ACS). O anunciado era um reajuste de 32%, mas quando o projeto deu entrada na Câmara, além de ser apresentado de forma confusa e vinculado ao projeto que incorpora o abono dos professores, o percentual era menor, 26,9%.
O Presidente do Sinsej frisou a declaração do vereador Bento, que transmitiu a mensagem do prefeito Carlito Merss de que, como foi anunciado 32%, então cumpra-se o combinado. O Sinsej agora quer garantir que o reajuste a ser aplicado aos ACS seja efetivamente de 32%.
Antes da sessão, os servidores também acompanharam a apresentação das contas do primeiro quadrimestre do município, levadas à Câmara pelo Secretário da Fazenda, Flávio Martins. Vereadores e servidores questionaram o Secretário sobre alguns números da Prefeitura, que mais uma vez apenas elucidaram que não há impedimentos financeiros para a concessão do reajuste dos servidores.


fonte: www.cut.org.br / http://www.sinsej.org.br/

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